domingo, 31 de julho de 2011

Lá se vai o acordo (h)ortográfico


A foto da promoção das cuecas numa feira, e mais algumas pérolas que abaixo se transcrevem, têm animado a colocação em prática de um acordo ortográfico, mal aceite por muitos portugueses, dos mais variados sectores sociais e culturais. Para ajudar à festa dou este exemplo. Para nós "sebo" é: gordura; camada suja ou gordurosa, e uma "graxa"usada antigamente para proteger couro cru das botas. A mesma palavra para os brasileiros, significa o mesmo que para nós, alfarrabista.
A coisa pode ficar mais complicada se pensarmos o que pode acontecer numa conversa entre dois indivíduos, um  deles dizer, utilizando como interjeição a palavra em causa: " aquele tipo ainda se sujeita a que lhe limpem o "sebo". O que pensaria um brasileiro que ouvisse tal dialogo?....

É este tipo de confusões, que ainda deixa mais aturdido todo o falante e escrivinhador.

É assim...
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase.

"A cor do horto gráfico"


Testículo: Texto pequeno

Abismado: Sujeito que caiu de um abismo

Pressupor: Colocar preço em alguma coisa

Biscoito: Fazer sexo duas vezes

Coitado: Pessoa vítima de coito

Padrão: Padre muito alto

Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo

Democracia: Sistema de governo do inferno

Barracão: Proíbe a entrada de caninos

Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas

Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas

Detergente: Acto de prender seres humanos

Eficiência: Estudo das propriedades da letra F

Conversão: Conversa prolongada

Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes

Expedidor: Mendigo que mudou de classe social

Luz solar: Sapato que emite luz por baixo

Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton

Tripulante: Especialista em salto triplo

Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios

Aspirado: Carta de baralho completamente maluca

Assaltante: Um 'A' que salta

Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Vidente: Aquilo que o dentista diz ao paciente
Barbicha: Bar frequentado por gays

Ortográfico: Horta feita com letras

Destilado: do lado contrário a esse

Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho

Coordenada: Que não tem cor

Presidiário: Aquele que é preso diariamente

Ratificar: Tornar-se um rato

Violentamente: Viu com lentidão




Pitaxio: 
Aperitivo da classe do 'mindoím'.
Aspergic
: Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina
Alevantar: 
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'
Assentar: 
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.
Capom
: Tampa de motor de carros que quando se fecha faz POM!
Destrocar
: Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.
Disvorciada: 
Mulher que diz por aí que se vai divorciar.
Entropeçar: 
Tropeçar duas vezes seguidas.

Êros
: Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses. Também conhecida por “aéreos”

E esta hem!

Falastes, dissestes...Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES...
Fracturação:

O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.
Há-des:

Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia...'
Inclusiver:

Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.

: A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?
Nha
: Assim como Mô, é a forma mais prática de articular a palavra MINHA. Para quê perder tempo, não é? Fica sempre bem dizer 'Nha Mãe' e é uma poupança extraordinária.
Parteleira
: Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.
Perssunal
: O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.
Prutugal:

País ao lado da Espanha. Não é a Francia.
Quaise

: Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.
Stander

: Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...
Tipo

: Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?

Treuze:

Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze

sábado, 30 de julho de 2011

Porque não, férias nos Açores?

Todos os anos os portugueses do continente, procuram destinos de férias dos mais variados e nem sempre os melhores nem mais baratos.
É vulgar acabarem as férias queixando-se de que chegam tão cansados como partiram, contando as desventuras porque passaram naqueles poucos dias, em que deveriam retemperar forças. O hotel era mau, a comida péssima, as praias cheias sem espaço para estenderem uma toalha, ou areais extensos e todos cheios de lixo.
Umas vezes escolhem o continente como local, mas como de costume vão para onde todos vão, ou seja, quando escolhem o campo, escolhem as terras para onde todo mundo vai, ou se escolhem mar, vão para onde vai o mundo todo.

Quando vão para o estrangeiro fazem o mesmo tipo de escolhas e com os mesmos problemas que têm Portugal continental, e ainda com a dificuldade de por vezes ouvirem um “ No lo entendo”, dos "nuestros hermanos", que nós tão bem entendemos.
Tudo isto porque não atentam na oportunidade única de passarem umas férias bem divertidas e com paisagens e zonas quase paradisíacas como teriam nos Açores.
Nos Açores, pelo menos nas ilhas que visitei pude detectar, que não tem praias com areais extensos, ou até, muitas praias com areia, mas todas as que tem possuem água límpida, e em temperaturas bem agradáveis, com bem menos gente do que nessas tais outras tão procuradas. Têm comidas e doçarias que se recomendam, festas e touradas bem portuguesas, uma paisagem maravilhosa e acima de tudo gente que fala português com um sotaque delicioso que nos aproxima muito dos nossos compadres alentejanos.
E já agora, não valeria a pena que os governos das ilhas, se preocupassem em mobilizar os continentais para fazerem férias nos Açores, dando-lhes incentivos, em vez de, ou também, como o fazem para os cidadãos dos países do norte da Europa? Cidadãos que enchem o “bandulho” no pequeno almoço dos hotéis, passeiam todo o dia, com garrafas de água debaixo do braço e algumas frutas, e que partem para o país de origem sem levar sequer um “recuerdo”? Os portugueses, pelo menos, enchem o “bandulho” nos hotéis, nos petiscos, nos restaurantes e fartam-se de comprar “recuerdos”, mesmo com a crise. Incentivar os continentais a procurarem conhecer essa outra parte do nosso Portugal, que tão pouco conhecem, é uma tarefa importante.
E para fechar. As duas empresas de aviação que servem aqueles destinos, TAP e SATA, também poderiam apresentar preços bem mais simpáticos para os portugueses... 
É bem apropriado dizer neste caso “ VÁ PARA FÉRIAS CÁ DENTRO”

Nota: Só tem fotos das duas ilhas por insuficiência de espaço, mas voltarei com mais futuramente

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Idosos para a cadeia, já!

Existe uma ironia no título, que me foi sugerida pelo conteúdo do texto, recebido por e-mail, e que abaixo transcrevo. Junto duas fotografias que circulam na net, de uma cadeia construída na Áustria, que mais parece um hotel, que me parecem apropriadas para ilustrar o assunto.


ADMITAMOS QUE REFLECTE UMA TRISTE REALIDADE


Caros amigos:

Quem teve a seguinte ideia devia ganhar um prémio Nobel.
Reparem como ela reflecte uma realidade que tem tanto de triste como de real!
Apoio incondicionalmente esta belíssima ideia e proponho angariar assinaturas para apresentar na próxima legislatura na AR

UMA IDEIA A EXPLORAR?...

Colocar os nossos idosos nas cadeias, e os delinquente fechados nas casas dos velhos.
Desta maneira, os idosos teriam todos os dias acesso a um lazer, passeios.
Não teriam necessidade de fazer comida, fazer compras, lavar a loiça, arrumar a casa, lavar roupa etc.
Teriam medicamentos e assistência médica regular e gratuita.
Estariam permanentemente acompanhados.
Teriam refeições quentes, e a horas.
Não teriam que pagar renda pelo alojamento.
Teriam direito a vigilância permanente por vídeo, pelo que receberiam assistência imediata em caso de acidente ou emergência. E sem pagar um tuste.
As suas camas seriam mudadas duas vezes por semana, e a roupa lavada e passada com regularidade.
Um guarda visitá-los-ia a cada 20 minutos e levar-lhes-ia a correspondência directamente em mão.
Teriam um local para receberem a família ou outras visitas.
Teriam acesso a uma biblioteca, sala de exercícios e terapia física espiritual.
Seriam encorajados a arranjar terapias ocupacionais adequadas, com formador instalações e equipamento gratuitos.
Ser-lhes-ia fornecido gratuitamente roupa e produtos de higiene pessoal.
Teriam assistência jurídica gratuita.
Viveriam numa habitação privada e segura, com um pátio para convívio e exercícios.
Acesso a leitura, computador, televisão, rádio e chamadas telefónicas na rede fixa.
Teriam um secretariado de apoio, e ainda Psicólogos, Assistentes Sociais, Políticos, Televisões, Amnistia Internacional, etc., disponíveis para escutarem as suas queixas ( ?).
O secretariado e os guardas seriam obrigados a respeitar um rigoroso código de conduta, sob pena de serem duramente penalizados.
Ser-lhes-iam reconhecidos todos os direitos humanos internacionalmente convencionados e subscritos por Portugal.

 
Por outro lado, nas casas dos idosos:
Os delinquentes viveriam com 200 euros ( ?) numa pequena habitação com obras feitas há mais de 50 anos.
Teriam que confeccionar a sua comida e comê-la muitas vezes fria e fora de horas.
Teriam que tratar da sua roupa.
Viveriam sós e sem vigilância.
Esquecer-se-iam de comer e de tomar os medicamentos e não teriam ninguém que os ajudasse.
De vez em quando seriam vigarizados, assaltados ou até violados.
Se morressem, poderiam ficar anos, até alguém os encontrar.
As instituições e os políticos não lhes ligariam qualquer importância.
Morreriam após anos à espera de uma consulta médica ou de uma operação cirúrgica.
Não teriam ninguém a quem se queixar.
Tomariam um banho de 15 em 15 dias,sujeitando-se a não haver água quente ou a caírem na banheira velha.
Passariam frio no Inverno porque a pensão dos (200?) não chegaria para o aquecimento
O entretenimento diário consistiria em ver telenovelas e o Goucha na televisão.
Digam lá se desta forma não haveria mais justiça para todos, e os contribuintes agradeceriam?

Reflictam e façam circular!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Outra forma de tocar e ouvir

Grande criatividade utilizada, por estes exímios interpretes, para nos oferecerem uma outra versão das músicas da história de todos os tempos. Espectáculo em todos os sentidos.

domingo, 24 de julho de 2011

Dívida Pública EEUU 13.000.000.000.000.000.000 / 13 triliões, ou seja, 13 milhões de biliões de doláres

Foto: Diamantino Carvalho - Foz do Iguaço - Paraguai
É o valor da dívida pública dos Estados Unidos, segundo ouvi na Euronews.
A Moody’s estará distraída?
Será que a nossa dívida é um gozo com que os políticos nos brindam?
Como dizia o outro, se eu estiver a dever uns euritos o problema dos pagar não é dos credores é meu. Se eu estiver a dever uns milhões o problema não é meu é dos credores.
Perante isto, e juntando texto abaixo transcrito, fico tão confuso, como o tema da foto que público.


Obama tem razão. Por uma vez.

"Os EUA não são a Grécia nem Portugal, diz ele! Realmente.

Nos EUA 1/5 dos negros estão na cadeia.

Nos EUA 50% da população não tem assistência médica e 25% nem consegue tratar-se em qualquer hospital.

Nos EUA a dívida pública atingiu um valor impossível de ser pago em várias gerações e já ultrapassou as centenas de milhares de US$ por família.

Nos EUA condenam-se a prisão perpétua crianças de 12 anos, por roubo de uma bicicleta.

Nos EUA 6% da população sobrevive com uma refeição diária de comida enlatada ...para animais...

A Escola Pública é completamente inútil e caminha para a extinção.

Nos EUA há mais de 450 organizações policiais e o sistema judicial não é independente do poder executivo: É nomeado por ele!

Nos EUA as duas maiores indústrias são o armamento e a pornografia.

Nos EUA vende-se mais produtos para animais do que para bebés...

Nos EUA 1% da população controla e recebe cerca de 90% do PIB nacional.

Nos EUA a produção de carne e de ovos utiliza legalmente promotores químicos de crescimento.

Nos EUA não há ordenado mínimo e o trabalho indiferenciado é pago a 4 euros/hora...

Os EUA estão envolvidos em dezenas de conflitos militares de carácter sujo e para levar a cabo golpes de estado favoráveis aos seus interesses e aos de Israel.

Os EUA angariam em todo o mundo os melhores cérebros para a sua indústria de armamento e obrigam os seus "aliados" a comprá-las...

Os EUA são o maior mercado mundial de drogas pesadas e um dos maiores produtores de anfetaminas e de outros químicos dopantes...

Os EUA imprimem papel-moeda e através de tratados com as suas colónias árabes transformaram o US$ no meio de pagamento internacional em substituição do ouro...

Obama tem toda a razão: Nada disto se passa em Portugal. Estamos muito atrasados e não sei se algum dia lá chegaremos...

Só um detalhe: os EUA estão completamente falidos e mais de 10% da população já vive em acampamentos sem saneamento ou serviços públicos básicos...

Nós não somos os EUA! Thanks God!"

http://homem-ao-mar.blogspot.com/2011/07/obama-tem-razao-por-uma-vez.html

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Parei

Foto: Diamantino Carvalho -Museu VN Foz Côa
Hoje eu parei. Não porque interrompi a caminhada, ou travei o carro.
Hoje parei de pensar nos sonhos não realizados, nos desencontros, nos problemas económicos, nos sentimentos que se têm e não queremos, dos que se querem e não temos.
Parei. Descolei da mente toda a perversidade do pensamento racional e deixei-me ir literalmente na caminhada. Não abri a boca, fiquei silenciosamente caminhado deixando vogar a mente sem travões, deixando fluir tudo o que me envolvia.
Nesse parar, por onde caminhava, fui observando tudo o que me rodeava. O brilho intenso do sol, as diferenças tonais dos verdes das árvores, os edifícios que nunca tinha visto, como se diz, “com olhos de ver”. Percebi como o ruído incomodo não existe desde que desconcentrados da racionalidade. Todos os elementos, fossem eles sonoros, ou visuais, que envolviam o meu habitual quotidiano, desfilavam perante os meus olhos, como coisas raras e totalmente novas. Até o nome das ruas, tantas vezes calcorreadas na caminhada habitual, me eram desconhecidos. As imagens que se iam deparando aos meus olhos mostravam-me quanto somos distraídos para o “entorno”, onde habitualmente existimos.
Findo o percurso, inconsciente, voltei ao local de partida, sem percepção de o ter feito. Restei calmo durante algum tempo sem deixar que o vazio criado fosse importunado, pelas antigas, mazelas do pensamento.

Voguei sem leme sentindo renascer, uma outra vontade de acreditar que muito há para viver, e, por vezes, em momentos “out” se fica mais “in” com a vida.

Parece um contra-senso escrever, revivendo aquele pedaço de tempo, mas não. Quando se faz algo sem esforço, melhor ele se retém em nós.

Espero voltar a este parar. Afinal todos precisamos de um outro olhar.

domingo, 17 de julho de 2011

Uma nota do Porto

Foto: Diamantino Carvalho
Ponte de D. Maria Pia, hoje objecto de observação museológica, que poucos visitam, ou se dão ao trabalho de observar, foi outrora principal via ferroviária de ligação entre o norte e o sul do rio Douro. Como eu, quantos milhares de portuenses ao sentirmos a redução da velocidade do comboio, para entrar na ponte, éramos tomados pela emoção. Corríamos às janelas abrindo-as, sentindo o vento nas faces, olhando atentamente para toda a paisagem sempre diferente, sempre deslumbrante que se nos deparava, Tínhamos chegado ao aconchego, ao lar. Um prazer redobrado nos transportava para os tempos de infância, em que o nosso olhar vislumbrava o casario e os pequeninos barcos navegando no rio, como pequenas miniaturas dotadas de movimento.

Esta ponte, assim chamada em honra de Maria Pia de Sabóia, é uma obra de grande beleza arquitectónica, projectada pelo Eng.º Théophile Seyrig e edificada, entre 5 de Janeiro de 1876[4] e 4 de Novembro de 1877,[5] pela empresa Eiffel Constructions Métalliques. Foi a primeira ponte ferroviária a unir as duas margens do rio Douro.