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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

OPINIÕES



A cartomante
disse desista
O psicologo
disse porque insiste
O senhorio
disse con’domínio
O merceeiro
disse fia-se
O vizinho
disse tenha juízo
O amigo
disse é teu o prejuízo

todos disseram
nada acrescentaram
ou fizeram
para ajudar
ou melhorar
assim ele disse:
não desisto,
insisto
com domínio
e fio-me
tomarei
uma decisão
sem prejuízo
pelo meu juízo.

gosto de ti
com mais ou menos
juízo. Disse



dc




quarta-feira, 27 de setembro de 2017

D'verdade



Todos temos uma verdade,
tantas vezes percebida
como se de gente sem juízo.
Tantas vezes é a saudade sentida
a mentir com um sorriso.

A verdade é relativa 
dura o tempo de confirmação,
até ser absoluta demora um tempão.

Temos as nossas verdades,
desconhecidas dos outros,
como só nós as sentimos
nos julgam como loucos.

Na verdade..
muito depende de confirmação,
se não, é somente uma ilusão,
uma verdade relativa
em absoluta suspensão.


dc






quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Retrato composto




Tantas vezes desenhamos o retrato acrescentando elementos que na realidade já se perderam das memórias, outras vezes tiramos elementos criando vazios, subtraindo pormenores que não queremos. Nos dois momentos, tentamos produzir aquilo que são os nossos desejos e vontades, o retrato, é só um objecto que intermedeia aquilo que é a realidade e que marca o sentido das coisas, e aquilo que escamoteamos para que o nosso sonho se mantenha. Podemos questionar-nos se isso é correcto, se isso é benéfico, ou quais as vantagens. Pura perda de tempo, a realidade com a sua crueza, encarrega-se de demonstrar, se encontramos o que buscamos, inconscientemente, ou fazemos com que a verdade aconteça.

dc


 “Por vezes as pessoas não querem ouvir a verdade, porque não desejam que as suas ilusões sejam destruídas”. Nietzsche


sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Viva contradição




Tem em si, a beleza da paz e o inferno, estruturados no seu adn, faz parte da natureza. Falo desse sentimento contraditório, amor><ódio, que nos faz mortais e nos alimenta, ao qual tentamos e não conseguimos fugir. Entranha-se de forma irracional em nós, tira-nos do sério, leva-nos às lágrimas, às gargalhadas mais claras, às tristezas mais profundas, tudo num vai e vem, em ritmo alucinante, na esperança de que um dia o equilíbrio aconteça. Será que acontece, ou é esse procurar constante que o mantém aceso e vivo? Na realidade, talvez seja esse percurso que lhe dá consistência, o alimenta e nos faz optar na ora das decisões por mantê-lo. Usufruindo em pleno, dessa alegria de amar, somos frágeis parecendo fortes, somos fortes parecendo frágeis na sua avaliação, ou, na justeza das nossas opções. Nos dias de hoje, podemos dizer o que quisermos sobre o assunto, todos têm a sua opinião, mas ninguém sai indiferente ao que ele mobiliza em nós. Há necessidade da sua existência e de o cuidarmos, para encarar esta vida moderna, onde os valores, cada vez mais exíguos, são substituídos por uma materialidade que agrega um valor de status em detrimento de todos os outros.


dc 

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A Ponte




A vida é o rio que atravesso
Numa ponte sem fim
E nela me confesso
Se vale a pena ser assim

Tem o desgaste do tempo
E fragilidade na estrutura
Com este corpo que sustento
Atravessá-la é minha loucura

Sem temor vou sozinho
Com a neblina no horizonte
Sem me afastar do caminho
Tento entender a razão da ponte.

dc