Não consigo entender, porque não abandonas os meus sonhos.
Porque não viajas, num mundo
só teu,
onde o tempo permite o teu egocentrismo manter-se.
Deixa-me, no meu só, que escolhi.
Eu fujo de ser pertença, de quem, vai e vem,
plantando incertezas e distância.
Quero manter a dignidade do amor que tive,
embora de curta duração, foi mais do que pleno.
Procurei e encontrei-te no tempo certo.
Dei, sem retribuição, oferecendo-me
por inteiro
agora, sai, faz do mesmo modo, o teu caminho a sós,
deixa que as rugas me apareçam. Permite que a natureza
cumpra o seu papel e que o corpo se vá adaptando,
à espera, e que seja a paz, o
elemento de apoio para o fim do caminho.
dc