Eles exibem-se de músculos salientes, abdómen trincado. O “ginásio” para
engate, deve ser sua preocupação principal, mas o seu comportamento é de
carroceiros, perdoem-me estes, porque melhores são quando na comparação. Elas
pintalgadas, de cabelos avermelhados, ou listrados com cores, peitos espetados,
nádegas salientes rebolando-se até aos dedos dos pés, linguagem de rainhas do
bar de alterne. Eles e elas, jovens, "vendem-se" para aparecer nas imagens, naquela
comunidade fechada, em casas de luxo, rapidamente transformada em pardieiro,
tal a sujidade à saída da boca e o rolar de corpos nas camas. De modo rápido e
sexualizado exibem-se nos beijos que misturam, entre uns e outros, cruzando em
experiências na procura de par certo. Uns apaixonam-se(?) rapidamente o que não
é difícil, pois vivem todos, durante semanas no mesmo lugar, como cobaias em
vivendas de luxo. Depois, não bate a letra com a careta, precisam mudar para
acertar e assim vão todos rodando num promíscuo procurar. E quando todos
acertam fazendo par, ganham um milhão que dividem e entre abraços e bebidas.
Mas quem disse que fica por aí, acaba a função e muda a canção, cada um vai
para o seu lar, quanto ao par certo, fica esquecido em qualquer lugar perdido
no meio de nenhures. E tudo isto se passa em canal aberto, e em especial, para
jovens. Será como diz Charles Bukowski: As pessoas não precisam de amor. Precisam é de sucesso, de
uma forma ou de outra. Pode ser que seja no amor, mas não necessariamente.
dc