Há quatro anos nascias tu.
Hoje fico feliz porque nasceste, não no meio da guerra dos homens, nem no meio da fome que assolam outras pátrias. Nasceste forte e seguro e com muito amor à tua volta. Hoje és o grande amor de teus pais e avós, com que preenches o seu tempo. És criança a brincar no meio de outras crianças e tens o sorriso e alegria do teu olhar, que a todos fazes amar.
Sabes que te adoro. E todas as vezes que estamos junto eu cresço contigo, fazes-me falta, pelo muito que me dás.
Parabéns.
Beijo e um XI do Avô
Para ti este texto, para leres um dia mais tarde
Fecha-se o sorriso, o olhar fundo se perde no tempo, que não vive criança.
Por dentro, estranha-se, nos porquês que de forma variada, lhe surgem na sua mente ainda inocente, da percepção da maldade dos homens.
Uns violam a sua privacidade de crianças, outros enganam-nos hipotecando o futuro.
No peso imenso, em seu corpo franzino, das mochilas de livros, pretendem formatá-los, rápido, na sociedade de exploração e tiram-lhes a possibilidades de serem crianças.
Usam palavras ”estrangeiras”, para explicar a violência nas escolas, e não arranjam palavras portuguesas, para explicar a falta de tempo e capacidade, de muitos pais para acompanharem o dia à dia dos seus filhos.
Os pais, escravos do trabalho na sociedade que diz protegê-los, explorados até ao limite alienante nos locais de trabalho. diz quem pode e tem poder, para salvar a economia e o país. Eles assim ficam, sem capacidade para serem humanos e pais
Há pais que correm, correm, correm e não lhes sobra tempo para os mimarem,
Há pais que os deixam partir dos estudos, para brutalidade da oficina, para aprendizagem boçal de uma profissão, para que o pão lhes caia na mesa.
O que esperamos para dar dignidade às crianças de terem pais, de serem crianças?
Quanto mais aguentaremos, um presente tão difícil e um futuro tão obscuro?
Tão verdade, Diamantino.
ResponderEliminarE tão ironicamente previsível essa obscuridade no futuro!
amei! e também amo o Dinis.
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