O sorriso dominava-lhe o rosto, sempre atenta ao que a rodeava, nas
situações mais difíceis brincava com as palavras, alargava o seu sorriso e o
carinho com que se expressava, Todos tinham, perante ela, lugar no seu tempo
disponível para serem compreendidos e ânimo para desenvolver as suas
confissões. Nem todos percebiam essa sua forma de estar, a extravagância no
vestir, o seu comportamento aberto e sem constrangimentos, o que não raro,
transmitia sinais errados em especial aos homens, Estes perante ela descreviam
o seu mundo de raivas, incompreensões e desesperos, e procuravam em seu ombro
pouso de lamentos, alguns, erradamente, pensavam que isso criava suficiente
intimidade para terem direito a usufruir o seu corpo e a sua bondade. Ela só dava
um pouco de si para contribuir para alegria e felicidade dos outros e de si
própria, não permitindo que lhe tirassem o sorriso de que não pretendia
desligar-se, mesmo quando o lado negro da vida a convidava a retirá-lo da
moldura do seu rosto.
Verdade, verdade, ela se perdia nos seus sonhos e muitas vezes era possível
encontrá-la sentava nas escadas do castelo olhando o reino dos outros e ficava
em silêncio, embevecida, os seus olhos e o seu sorriso possuíam um brilho especial
como se procurassem um lugar para pousar e encontrar a resposta aquele
sentimento que dentro de si ia habitando. Ela atirava para o ar toda a sua
alegria, e sabia, que entre o sol e a chuva, o seu príncipe chegaria.
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