Falam-se de experiências,
cada um no seu canto, contos de perdidos e achados, que não é possível
recuperar. Se libertam, criam espaço, na rede neurológica, para não mais se repercutirem,
como perdas de tempo. Lembram indecisões, que se não devem repetir, sem
esquecer, que no errar e acerto foi onde hoje chegaram. São coisas, como
percursos políticos, ideologias, saudades, amores e fatalidades, são farrapos
de uma existência longa, que se fixaram, em si próprios, sabe-se lá porquê. E
agora numa catarse saudável, deixamos desenrolar, paulatinamente, sem ajuizar,
boa de acontecer e desenvolver, numa partilha que nos torna mais leves. É um
raciocinar, no decorrer da fala. É, um ir e voltar, nesse procurar de
respostas, a perguntas, que se alongam em novas perguntas, num corrupio,
agradável que alimenta o conversar. Que bom, encontrar um interlocutor válido,
que não acena com a cabeça, em apoio conformado, que retruca, com inteligência,
com outras práticas e outros exemplos, revela incongruências, mas também sabe aceitar
outras evidências.
A tecnologia digital, aproveitada para servir o ser humano existe e é boa, e
contribui, neste caso, para que dois distantes, se tornem próximos, é mais que
evidente. Importante, é que o ser humano não seja preguiçoso, e se deixe na
comodidade, de ser dominar pelo algoritmo, e se perca nas teias, de quem a
domina tais tecnologias, e, passe a repetir padrões de pensamento e dominação.
dc
N: Dialogitar, é um palavrão composto. Dialogar digital