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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Um "nós" por DesAtar

Nem sempre falo, muito menos escrevo, da nossa estória vivida de norte a sul, e tenho saudades de teu chamego. Num suspiro solto, olho o céu azul, lembro as palavras doces em sossego, que nem as nuvens se atreviam a quebrar na rotina do enlevo. Na superfície curva mais além, no horizonte, os olhos se pousam e entre nós, respira o verbo amar, no trocar de discurso dos amantes sobre o carregado fundo azul. As nuvens são fáceis de volatilizar da nossa paisagem, não as queremos a perturbar-nos, sem lamento o vento as vai levar.

A verdade, é que não sei desatar este “nós”, que ficou ao longo do tempo travando, o desenlace.

dc

 

 

 

domingo, 11 de maio de 2025

Porque a vida acontece.

 

Começou com um quero, com a força, dos sorrisos carregados de promessas, que se perderam fáceis de sentido, perante um simples grão de areia, trazido pelo vento no seu correr.
Foram pouco mais de setenta e duas horas, debruadas de palavras de encanto, criando cenários, colados num poderoso sentimento positivo, resumindo tudo, na força do eu quero(!) desenhando horizontes. Setenta e duas horas passaram até que o grão de areia, invadisse a consciência, e tomando-se de razão, impediu, a viagem ao LuAr em alto mar.
Desfeitas as perspectivas, que aquele mísero grão de areia interrompera, a única coisa que restava, era regressar à terra e não deixar que o fracasso do empreendimento, deixasse marca. Caminhar, seria o modo de procurar acalmar e encontrar respostas. Podia distrair-se olhando em volta, fixar-se em pequenos pormenores, esquecidos no comum dos dias. Entendera necessário, esse ir sem destino, para que a manhã se alongasse, afastando de si o fracasso da viagem e os seus fantasmas. Assim, o pensamento vagueava, sem se fixar demasiado na dor fininha, que adentrava bem fundo. Os pés pareciam fluir, de um passo ao outro, com firmeza, mantendo o equilíbrio do corpo, pronto a enfrentar o vendaval de agitada loucura e emoções. Sentia-se um monge de Shaolin, deslizando os pés sobre a folha de arroz, sem deixar rasto. Queria ser invisível, ao outro mundo que circulava perto, ganhando tempo e espaço para perceber, que ainda há a pessoas que acreditam no ser humano, nos seus erros e acertos, alegrias e tristezas, sem desistirem fácil do seu, quero, como desejo, como força de vida.
Porque a vida acontece.

dc