quinta-feira, 15 de junho de 2023

Sonho inconveniente


Não consigo entender, porque não abandonas os meus sonhos.

Porque não viajas, num mundo só teu,
onde o tempo permite o teu egocentrismo manter-se.
Deixa-me, no meu só, que escolhi.
Eu fujo de ser pertença, de quem, vai e vem,
plantando incertezas e distância.
Quero manter a dignidade do amor que tive,
embora de curta duração, foi mais do que pleno.
Procurei e encontrei-te no tempo certo.

Dei, sem retribuição, oferecendo-me por inteiro
agora, sai, faz do mesmo modo, o teu caminho a sós,
deixa que as rugas me apareçam. Permite que a natureza

cumpra o seu papel e que o corpo se vá adaptando,

à espera, e que seja a paz, o elemento de apoio para o fim do caminho.

 dc