terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um outro ACORDAR

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Ouço repetidamente a música quase sem pensar deixando fluir os sentimentos que ela desperta a cada minuto que decorre. As emoções à flor da pele deixam a angústia do amor que se pensa e sente na alma dos outros e que nele se perdeu.
É a fala de um mar tão profundo, intenso, imenso do amor sonhado e tantas vezes longe de nós.
Somos seres estranhos que abraçamos a tristeza para que nos conforte o ego agonizante e justifiquemos as fragilidades da alma. Cobardemente, pacificamente, nos deixamos enredar pelos anos que passam, pela preguiça da mente e não decidimos pelo prazer da vida.
Todos queremos a felicidade, no entanto, de forma irracional, procuramos a tortura, dos dias de insatisfação e nada realizarmos para que a felicidade que está dentro de nós exista.
Vivemos à rasca, suportamos uma sociedade à rasca, revoltamo-nos à rasca, vivemos relações a dois à rasca. Na prática somos pouco criativos e incapazes de satisfazer, mesmo que à rasca, as nossas liberdades pessoais e colectivas. Escondemos os sentimentos, com medo de ferir, escondemos as vontades com medo de ser reprimidos. Afinal em que ficamos? Queremos ou não ser humanos, felizes, livres e capazes?
É hora de acordar da manipulação dos media, das palavras enganadoras do poder económico que nos domina. Percebermos que a vida é muito mais do que economia. Acordar para a vida, sem medo dos políticos e das práticas políticas. Acordar para a humanidade e sermos humanos. Acordar para abrir a porta à felicidade, mesmo que esta não dure sempre, mas que dure mais que pequenos bocados, que alguns vís humanóides nos fazem crer serem suficientes.
Sim, viver para esse mar profundo, sem solidão, ou tristeza. O mar pôr do sol, o mar alegria dos amantes apaixonados, o mar musa de poetas, o mar em que o amor é a dimensão de todas as coisas. Sim, um mar que nos transporte para o prazer sentir os lábios deixarem partir as palavras sem medos, que dão a lugar a todas as coisas que devem ser o caminho dos humanos. Amor, amo, amo-te, fraternidade, felicidade, vida, criação, nascer, renascer, viver, viver, viver, viver o MAR E TU, EU, TODOS. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um Olhar e Silêncio


Misterioso olhar parado na distância, quase indiferença.

A mágoa, por vezes, arrasta-nos para limites que nos levam a pensar estarmos sem alternativas, que todos sabem existir, menos os próprios.

Enredamo-nos cada vez mais na própria imagem que criamos e sustentamos.

Irritam-nos aqueles que tentam romper o celofane que nos envolve. Viciamo-nos nas manias e trejeitos adquiridos, que vamos mantendo, depois... é difícil parar. Passamos a ser por dentro a pedra de gelo que mantivéramos por fora, como uma garantia de silêncio, e ausência perante os outros. Perdemo-nos no caminho que criamos, sem encontrar o norte ou regresso às coisas simples e comuns do acto de viver

Por vezes se torna pesaroso acordar

NOSTALGIA DE OUTONO

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O sol rompe com dificuldade a ligeira neblina que se instalou no ar. No ar o cheiro do Outono, é acompanhado pelos movimentos e cantos dos pássaros que agitados procuram atentamente encontrar no chão alimentos, para si e família. “Eles ainda estão longe de sentirem a crise”, penso eu. As árvores estão despidas da maioria das suas folhas e muitas já estão podadas ficando visíveis os seus galhos como mãos abertas se virando para o céu.

Olhando atento as diversas árvores, lentamente as fui diferenciando, pela sua qualidade e pela sua estrutura visível de diferentes nódulos, que lhes confere uma anatomia própria e uma linguagem visual que as assemelha aos humanos.

São fruto de uma encontro da semente com a terra, semelhante à copula entre os humanos. Como os bebés, umas nascem debaixo de grandes desvelos que as protegem, outras sobrevivem em condições difíceis. Como todos o seres viventes precisam alimento de sol, ar, água e terra. Morrem de doenças inesperadas, ou crónicas, tendo por vezes, de ser abatidas. São vigiadas e podadas ao longo da sua existência para que tenham força e beleza no crescimento. Os nódulos evidentes na sua estrutura morfológica, são as marcas, as feridas deixadas e curadas durante a sua existência, tal como em todos nós humanos a vida nos vai formatando

Ao olhar mais uma vez, aquelas árvores e o seu conjunto, me pareceu ver uma comunidade, de seres diferentes, mas que se manifestam silenciosamente como fonte de vida, de agradecimento por existirem, cumprindo a missão de nos alimentarem com os seus frutos,  de regularem a natureza e nos iluminarem a alma com a sua presença. Assim fossem as vontades dos humanos, em interagirem no sentido da vida, da alegria, da paz e felicidade por existirem.

domingo, 27 de novembro de 2011

SONHO, OU REALIDADE?


Olhei esquadrinhando o espaço, procurando algo que não sabia o quê, parecia ter feito uma paragem no tempo, ou tinha acordado de repente de um coma, vivendo uma outra realidade, que não aquela onde estava inserido agora. 
De repente ao sair do sítio onde me encontrava, senti no ar um cheiro diferente. Recuei, fechei a porta e vi a peça de vestuário que restava pendurada atrás da porta, desde a última vês que nos tínhamos encontrado. Ela recolocou-me novamente no presente  de forma intensa. Afinal, não tinha sido uma paragem no tempo, nem acordar de um coma, nem um sonho, aquele pedaço de tecido era a prova. 
Peguei a peça e apertei-a entre os dedos sentindo o toque suave, do tecido, e relembrei a pele. Aproximei-a do meu rosto e o cheiro do seu corpo misturado com o do seu perfume atingiu-me. Tudo se desenhou aos meus olhos, agora sim, como se surgisse da névoa. Na realidade tinha acontecido romance. O que sentira estava agora bem presente. 
Sentei-me, acalmei olhando sem ver, só sentindo, esperando que a realidade se desvanecesse. Não queria que tivesse acontecido, melhor teria sido que fosse um sonho enganador, ou uma paragem no tempo. Sentia que o vazio se podia instalar e o retomar dos dias tornar-se-ia penoso.  
O optimismo foi-se sobrepondo, a casa junto ao mar ainda permanecia no esboço, e as mãos ainda se encontravam coladas no caminhar, somente um silêncio límpido, por tempo indeterminado os afastava. Porquê indeterminado, se fora só um momento de dúvida? Porque a palavra estava fora do contexto. Afinal significava “por um tempo determinado “ o silêncio seria necessário. Ufa, que alívio. 
Acordou estremunhado e sorriu ao sol. Apreciou os melros saltitando, e cantando no meio do jardim. Sentiu-se beijado pela brisa que corria levemente e pensou para si, “Gostar de ti é tão bom”. Como eco surgiu uma voz nas suas costas, “tu sabes que te adoro?”. 
Como é difícil distinguir o sonho da realidade. Talvez os dois se devessem encontrar num momento qualquer, num qualquer espaço e convergiram na realização, talvez até escrevendo "felizes para sempre".

NO "CPF" EXPOSIÇÕES FOTOGRÁFICAS A NÃO PERDER

O fotografo Juantxu Rodriguez

Juantxu agarrado à sua máquina, depois de abatido a tiro


Foto de Juantxu
Hoje fui ao Centro Português de Fotografia, nas antigas instalações da "Cadeia da Relação" no Porto., para ver três exposições de fotógrafos de espanhóis. Gostei dos novos valores espanhóis com alguns destaques que não quero realçar, para não correr o risco de dizer disparates, pois as opções estéticas a cada um dizem respeito, goste-se ou não. O mesmo não direi das fotografias de Marín que abrangem um período que vai 1908-1940 e as de Juantxu Rodriguez que me deixaram impressionado. Este último, impressionou-me de tal modo que por momentos me perdi. O nome dado a exposição deste fotografo, é por si só, suficientemente explicativo "Fotografias que falam por si". De facto é só ir ver e esperar que as imagens falem convosco como o fizeram comigo.

Aconselho que veja os links abaixo indicados para conhecerem um pouco da vida deste artista/fotografo que morreu bem novo, pelo um tiro de um soldado EEUU, no Panamá

http://grandmonde.blogspot.com/2011/11/juantxu-rodriguez-no-centro-portugues.html
http://imagesvisions.blogspot.com/2011/05/o-fotografo-que-morreu-abracado-sua.html

http://www.elpais.com/articulo/internacional/RODRIGUEZ/_JUANTXO_/FOTOGRAFO/PANAMA/ESTADOS_UNIDOS/ESPANA/PANAMA/EL_PAIS/INVASION_DE_PANAMA_/20-12-1989/EL_PAIS_/_AGRESIONES/elpepiint/19891222elpepiint_8/Tes

sábado, 26 de novembro de 2011

FUI. PALAVRA CURTA DE SIGNIFICADO TÃO LONGO



Fui. Diz-se na linguagem dos jovens, significando, “já cá não estou”, “já estou noutra”. Nada mais enganador, quando se fala de sentimentos. Nessas alturas o, fui, disfarça a impotência em permanecer. Não é o fim das coisas que magoam, mas o muito que se poderia ter feito e aproveitado.

Todos os dias tropeçará no toque do telefone no amanhecer dos dias. Todos os dias ficará sem o som da voz que partiu, esperando resposta ao seu mandado.

Não sei se o sol conseguirá abrir a alma com o seu calor e luz, tornando os dias menos longos. Ele espera um pássaro do sul que traga as notícias do seu amor. Do amor que percorre a planície voando sobre as flores e sobe procurando o norte de sua vida.

Indeterminado o tempo do silêncio, para que decorra na sabedoria da vida a decisão de seu querer.

Não é virtual, o espaço que domina o amor deles. É mais uma linguagem de Braille, um lugar físico de toque e abraço, de palavras sonorizadas, com expressões de tonalidades várias. É algo forte saído de dentro, que se sente no ar que se absorve, na brisa que corre.

Calmamente sentado no tempo, entre espátulas, pincéis, espaços brancos, cores, formas e no seio de palavras enroladas na ponta da língua, ele espera as notícias que chegarão sem tempo determinado, mas que dirão se algum dia, mesmo que de forma remota, ele foi, ou será amado pelo aquele alguém cujo amor é há muito esperado.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Um Amor de Quadro. IX


A chuva caía sobre os seus corpos meios desnudos enquanto corriam alegremente. Brilham na noite com os reflexos das luzes.

Refugiam-se no espaço abastado do seu atelier. Na cama larga, despem o resto dos trapos que os cobrem. Beijam-se. Primeiro em pequenos toques leves, suaves, depois devagar a língua se insinua por entre os lábios, a respiração torna se agitada, a intensidade do seu contacto aumenta, enquanto mãos se buscam. O amor à largo tempo contido transfigura-os. Ela ansiosa pede-lhe que se faça sentir dentro dela. Um ligeiro murmúrio sai dos seus lábios e seu rosto se transforma, com o prazer de o possuir na sua totalidade. Corpos se agitam em dança incoerente, desenhando em pinceladas de sensualidade e erotismo o caminho do clímax.

Saciados, restam deitados, seus olhos brilham e um sorriso lhes ilumina a face. Os dedos dele caminham numa carícia de ternura desenhando-lhe os lábios e a mão vai-se emoldurando ao rosto. Lentamente as palavras se formam, frases melodiosas de amor se derretem nos ouvidos dela como notas de música dedilhadas num piano.


O tempo decorre denso como algodão. Lentamente ela se levanta e caminha nua, em contra-luz, na direcção da janela, o seu andar sensual deixa-o perdido na intensidade do momento que jamais esquecerá.


De repente ela roda sobre si própria expondo-se vulnerável ao seu olhar. A distância deixa-o aperceber-se da totalidade do seu corpo e instintivamente agarra no papel de desenho e no carvão começando a desenhar convulsivamente procurando fixar o momento. Não sabe o futuro, vive o presente fixando-o em linhas e esbatidos de carvão. Mesmo que parta, mesmo que faça doer, o registo fica eternamente marcado física e mentalmente sublinhado pelo cheiro do amor que permanece no espaço.


O dia surge no horizonte e o sol penetra agora o espaço, a meu lado desenha-se a forma do meu sonho, encostado na parede o quadro da minha realidade.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

NÃO ESPEREM POR VOS TOCAR A VÓS


 
Primeiro levaram os negros,
Mas não me importei com isso,
Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas não me importei com isso,
Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis,
Mas não me importei com isso,
Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados,
Mas como tenho o meu emprego,
Também não me importei.

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.


Bertold Brecht (1898-1956)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

NÃO FALTAM RAZÕES PARA SE FAZER GREVE DIA 24NOV11




 Ao acederem ao link anexo, poderão ler como o governo tenta espoliar-nos de forma ilegal o 13ª mês. O governo tem consciência da ilegalidade, mas tenta habituar-nos à ideia.
Temos de nos impor na rua fazendo greve. Porque razão assinaremos um recibo, que nos apresentarem, se nele contar o desconto que o estado quer fazer ao subsídio? Porque razão devemos aceitar pagar o imposto como se recebessemos a sua totalidade do subsídio como denunciou a Associação Nacional de Sargentos?. TEMOS DE ESTAR ALERTA.


- Porque é que o corte dos subsídios de férias e de Natal é ilegal?
- O património das pessoas só pode ser objecto de incorporação no património do Estado por vias legais. E elas são o imposto, a nacionalização ou a expropriação. Não é possível ao Estado dizer: vou deixar de pagar a este meu servidor ou funcionário. O que o Estado está a fazer desta forma é a confiscar o crédito daquela pessoa. Por força de uma relação de emprego público, aquela pessoa tem um crédito em relação ao Estado, que é resultado do seu trabalho. Há aqui uma apropriação desse dinheiro, que configura um confisco: isso é ilegal e inconstitucional.
disse o magistrado António Martins ao Expresso
http://www.inverbis.net/juizes/estado-nao-tem-direito-pagar-uns-nao-outros.html
http://soundcloud.com/manpergo/ans-13mes

TEMOS DE DAR A RESPOSTA NA GREVE E NA RUA, O PONTAPÉ NA CRISE COMEÇA NO TRASEIRO DESSES SENHORES...

Mais do que uma história de um quadro- VIII

Pela madrugada dentro pintado, um nascer do sol. Em espatuladas de cor forte, viva marcante, se ia ele distraindo, evitando pensar. Era difícil, ele não fora com os outros, na sua tarefa. A greve dos pescadores, era muito importante, e era necessário mobilizar a população local, para actuar solidariamente com eles. Era necessário informar e esclarecer os motivos da sua luta. Foi decidido que deveria ser colocados panfletos debaixo das portas, e distribuir os restantes por lugares estratégicos, para que no dia seguinte quando as pessoas se dirigissem aos seus empregos os encontrassem. Assim como fazer pichagens a favor da sua luta. Como seu irmão fora escolhido para a tarefa, não convinha que ele participasse, seria arriscado, por que ambos fossem presos nessa acção, ainda para mais sendo ele militar. Tentou que se alterasse a decisão mas não era possível, o risco seria grande. Perante tal, a única forma de passar o tempo até que soubesse como tudo tinha decorrido, seria pintando. Foi-se entretendo com os preparativos, até que seus pais se deitassem. As horas de angústia duplicaram na tensão da espera, e o quadro foi-se realizando entre sustos, enquanto o coração bombeava com intensidade, e qualquer ruído exterior era sinal de alarme e motivo de preocupação. Algo poderia correr mal. A pintura, um nascer de sol em terras algarvias, observado em manhãs de instrução militar, ia surgindo em cores fortes. Era um sol madrugador, ocupando o céu ainda azul escuro, com o seu clarão avermelhado. Todo o quadro era tensão de uma espera.   Hoje passados estes anos relembra, esses momentos e como eram dedicados a uma causa maior. Tinha sido executada uma das muitas acções clandestinas, que muito contribuíram, para que a liberdade e o 25 de Abril fosse uma realidade

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ONDE É QUE NÓS ESTAMOS??

Engrenagem

Estou com grande dificuldade em perceber o país onde estou. Não porque tenha Alzhaimer, mas porque faço de conta, perante tanta borregada que anda para ai nos jornais. Então não querem lá saber, que o Isaltino, entra e sai, sai e entra, e não há quem o segure, a sua demonstração de machismo perante os tribunais é obra. Há tem quem diga, que ele ainda se arrisca a que os processos em causa caduquem. Parece o Zézé Camarinha, come-os a todos de cebolada, e com um descaramento que faz com que um assaltante de ourivesarias seja um santo.
Por falar em ourivesarias, o povo daí de uma terra qualquer há uns dias apanhou uns jovens ladrões e chegou-lhes a roupa ao pelo, mas logo veio um sr. Director de um jornal a alertar que se o povo começa a fazer isso, é perigoso, porque se pode tornar incontrolável. Oh, que chatice, será que os que são assaltados e levam tiro também pensam como este sr.? Acho que não, felizmente que aparecem pessoas que se insurgem. Ainda há uns tempos atrás, num shopping da cidade do Porto, um jovem foi espancado por uma série de jovens energúmenos, e as pessoas, com medo, pacificamente assistiam, será que isto é melhor?
Acho que a violência não é solução, mas não podemos deixar que a bandidagem se passeie pelas ruas desafiando as pessoas. Aumentem-se os policiamentos e o número de policias, não se lhes diminua aos salários, não lhes tirem as regalias justas a que têm direito, e não ponham na rua, no dia seguinte, os indivíduos, que eles em missão detiveram em flagrante, ele perdeu por vezes a sua folga para estar presente no tribunal. Se necessário ponham as companhias militares de comandos, ou fuzileiros, na rua, eles estão nos quartéis a olhar para o tecto.
Se não nos garantem a segurança, vamos ficar pacificamente a ver as pessoas a serem espancadas, e os culpados no dia seguinte saírem à espera de julgamento? Que nos sugerem???
Todos sabemos que a insegurança gera conflitos e preocupações na sociedade, permitindo aos governos produzirem leis mais duras que cortam as liberdades individuais e põem-nos a todos a desconfiar uns dos outros enquanto eles tratam de nos ir amordaçando e tirando direitos.
“CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reacção no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.” Noan Chomsky

domingo, 20 de novembro de 2011

PREOCUPEM-SE PELA VOSSA RICA SAÚDE...

Em Junho 2011, por indicação da médica, foi-me marcada uma consulta para o hospital, que me respondeu datando a mesma para 29 de Novembro 2011. À cerca de oito dias recebi uma carta do mesmo hospital a alterar para 13 de Dezembro. Como o ministro da saúde, comentou dizendo que há mil (1000) médicos a mais nos hospitais, gostaria de saber onde eles param.
Como dizia um conhecido médico cardiologista, "Em vez de se preocuparem a cuidar da saúde preocupam-se a tratar a doença."
O importante, pelos vistos, é que trabalhemos até aos setenta, e depois... vão em paz para debaixo da terra, sem gastar muito na saúde.

Porque razão não se preocupam os senhores em aumentar a eficácia no serviço prestado em vez de pensarem a saúde como algo que tem de dar lucro? 

Porque razão a saúde dá prejuízo ao estado ( mas também não tem de ar lucro), e existem uma série de hospitais e instituições privadas que têm lucros com a saúde, em especial pelos serviços prestados ao estado?


POR ISSO TEMOS TODOS DE FAZER
GREVE DIA 24'NOVEMBRO'2011

sábado, 19 de novembro de 2011

ESTOU DE ACORDO COM ESTE SENHOR AFINAL PARA QUE SERVEM OS GOVERNOS. PARA TOMAR MEDIDAS CONTRA A MAIORIA DO POVO?

Diz-se tão mal de Portugal e dos portugueses, e afinal a crise se alastra por toda a Europa, e um governo, que foge da órbita do seu controlo passa a sobreviver com melhores condições com governo provisório. É caso para rir

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

SEM PAPAS NA LÍNGUA

CINCO QUADRAS DO ANTÓNIO ALEIXO


Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.

Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.

Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!

Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.


António Aleixo

GREVE 24 NOVEMBRO - Não deixemos que nos quebrem a espinha

G R E V E 24
NOVEMBRO

No dia de 24 Novembro de 2011, é necessário dar uma resposta inequívoca ao governo e um aviso bem sério de que o povo está disposto a corre-los, assim como a todos aqueles que têm andado ao longo destes anos a subverter todas as conquistas de Abril.

Batalhamos anos a fio para expulsar um ditador, e agora vêm uns neofascitas em pezinhos de lã, destruir tudo aquilo que conquistamos. Não querem recuperar da crise querem recuperar o poder e esmagar os direitos de quem trabalha. Querem quebrar-nos o orgulho, tirando-nos tudo aquilo por que lutamos durante anos.

Temos de ganhar a rua temos de arrancar à frente deles nas decisões. Temos de ser nós a comandar a luta e as reivindicações e não o governo, o patronato, ou os interesses instalados do grande capital.

Querem-nos roubar o 13º mês? Tudo bem, queremos o pagamento semanal do salário, voltaremos a receber as 52 semanas e pomos as empresas a trabalhar um pouquinho mais, até pode ser que metam um empregado para tratar das folhas salariais todas as semanas. Além de acabar com vantagem de alguns patrões se servirem do nosso dinheiro durante o mês. E nem o governo pode negar, porque esta proposta ajuda os portugueses a controlar melhor o seu dinheiro.

Os bancos carregam, nas taxas, nos juros, nos cartões? Tudo bem, recebendo à semana nem sequer é preciso depositar o dinheiro. Se o depositarem levantamos todo o que for acima do que é necessário, para pagar os créditos assumidos, e assim talvez deixando de ter o nosso dinheiro para movimentarem, mudem de opinião.

É importante que os portugueses percebam que estamos num momento importante da nossa vida politica, social e económica. Têm de defender hoje o futuro de seus filhos e netos. A democracia dos que nos dirigem, e do poder que os comanda na sombra, não passa de uma fantochada. Como diria o outro “são macacos que só sabem coçar para dentro”. Não temos de ter medo. Quem trabalha somos nós, quem produz o dinheiro para os seus luxos somos nós. O que nos oferecem? Mais horas de trabalho, pior saúde, pior ensino, piores condições de existência. Então para quê fazer sacrifícios? O Povo tem de acordar, todas as medidas tomadas, não atenuam a crise, permitem que os bancos recuperem, e que os poderosos sobrevivam

Temos de ser solidários com todos aqueles que por essa Europa fora se têm manifestado de igual modo, contra o fim de medidas que são uma ataque feroz aos nossos direitos. Temos de encher a cidade de gente, temos de deixar as empresas vazias, temos de dar uma aviso sério aos governantes.

TODOS À GREVE 24 DE NOVEMBRO

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

VIVA O ACORDO (H)ORTOGRÁFICO

Aqui, neste vídeo, todos nos apercebemos da vantagem do acordo ortográfico, para a evolução dos povos falantes da língua portuguesas e em especial para os portugueses "in praticular"

terça-feira, 15 de novembro de 2011

HOJE QUERO SORRIR

Olhou atentamente no espelho. Esfregou com a sua mão direita a face e fixou os olhos do outro lado da realidade. Avaliou cada uma das rugas que tinham surgido nos últimos tempos. Verificou o que o seu olhar estava triste e as sobrancelhas cerradas. De repente olhou com mais atenção e descobriu por baixo do lábio inferior dois ligeiros relevos, algo como uns abcessos, mesmo por baixo de cada um dos cantos da boca. Assustou-se. Afinal que raio era aquilo que lhe surgia também agora? Lembrou-se logo das bochechas do Presidente Soares, com a idade parecem dois alforges pendurados de cada lado da cara. Tornou a olhar a remirar, tentando descobrir se eram os reflexos do espelho, ou se efectivamente aqueles relevos estavam lá, algo se alterou na sua fisionomia. Não adiantou. Tudo dava a crer que aquelas horríveis saliências vieram para ficar. Mas para ficar por quê e qual a razão. Intuiu desde logo, algo dera origem a tal acontecimento.

Após análise atenta, começou a adiantar serviço, fazendo ginástica como dizem os especialistas. Encheu as bochechas, chupou as bochechas, fez caretas, mexeu o maxilar para a direita e esquerda, contraiu e descontraiu os lábios, enfim procurou activar todos os músculos da face, ao mesmo tempo que os miolos funcionavam a grande velocidade procurando encontrar resposta para o facto.

Começou aí a batalha. Era necessário encontrar a raiz do problema antes que a coisa piorasse. Reflectiu largo tempo. O que poderá ter originado tal?
Lentamente fez o balanço. Falar, agora, era coisa pouca, por vezes passava um dia em que não trocava uma dúzia de palavras...não raras vezes, se comovia com as coisas mais comuns que se lhe deparavam, ficando espantado com isso mesmo... lia, não tanto, como era seu costume, portanto não seria por aí....pintar ou desenhar, assustava-o, e fugia do sítio onde se dedicava a tal prática, porque ficava indeciso sem saber o que fazer, o espaço branco fazia-lhe lembrar neve, arrefecia-o, mas quando conseguia o semblante mudava. Gostava muito da sua casa, no entanto não aguentava muito tempo sentado, a não ser para ver televisão, caso contrário.. lá fugia ele para qualquer lado sem destino. Afinal onde estaria a razão do que se estava a passar?
O dentista tinha-lhe dito, que ele se calhar dormia de boca cerrada e isso não era bom para a saúde dos seus dentes e estrutura do maxilar. Teria sido isso que provocaria tal coisa?. De facto ele acordava com aquela cara fechada, de lábios apertados fazendo uma linha fina, com aquele ar de quem comeu e não gostou. Oh raio seria isso?
Foi de novo para a frente do espelho e esboçou então um sorriso, tentando quase a gargalhada, tipo palhaço, com as comissuras bem levantadas, erguendo as bochechas, e quase fechando os olhos. Reparou então que os tais relevos ficavam mais suaves e quase desapareciam. Dava-lhe um ar meio amalucado, mas na verdade disfarçava. E então voltou a insistir, acompanhando esses esgares gargalhentos, com o inchar e desinchar das bochechas como se de um saxofonista se tratasse. Afinal parecia ter descoberto o que se passava com ele, e as suas rugas especiais, ou melhor dizendo com os seus “papos” surgidos debaixo das comissuras dos lábios: A politica e os políticos que geriam o país, a crise e as consequências que trouxeram para a sua vida, tinham-lhe tirado a vontade de ver noticiários e de confiar no futuro. Os amores imperfeitos tinham-lhe deixado, feridas, insanáveis. Os amigos ganharam distância construindo vidas próprias, com tudo isso, tinham-lhe tirado algo que ele tanto prezava a alegria de viver. Tinham-lhe “matado” o sorriso, tinham-lhe tirado a gargalhada aberta e franca, tinham-lhe tirado a vida.

Não se assustou, ainda havia gente boa no mundo, para ajudar e confiar. Ainda havia a esperança de que um dia o mundo fosse diferente. A maldade é como a mentira, tem perna curta e não dura sempre. As crianças que não se preocupam com as canseiras e chatices do mundo real e social, soltam a gargalhada fácil e os gritos de alegria. Ele teria de voltar a esse mundo, tinha de soltar a gargalhada, desprezar os bens materiais que o manietavam e as regras certinhas de uma sociedade pervertida nos seus valores.

A partir de hoje ele seria outro. Perante o desprezo sorriria em desaforo, perante as preocupações soltaria um grito, perante as lamechas bolorentas, ligaria o aspirador para as recolher com rapidez, ficando fechadas no saco dos perdidos.

Levantar-se-ia, pensando um pouco mais em si, porque se satisfeito, melhor seria a a gargalhada com que contaminaria os outros.

As lágrimas soltaram-se dos olhos como se de uma mar se tratasse. Aquele amor que ele vira expresso, deixara-o desfeito. Caminhara anos a fio derretendo-se na vida, na esperança desse amor que tanto sonhara, e ele estava ali em representação, mas cada vez mais longe da sua realidade.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM....

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer,

apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão boa,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos

o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projecções irealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.

Sofremos não porque

nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe

é impaciente connosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando-lhe
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.
Sofremos não porque nosso clube perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,

mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhámos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!



A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional.

(Carlos Drummond de Andrade)
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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

$ Acabemos com esta farsa de democracia $


Sílvio Berlusconi a falar do euro antes da Cimeira do G20 disse:
“Trata-se de uma estranha moeda que não convenceu ninguém”


Gerald Caliente nesta entrevista diz:

"Apresentam-nos a Grécia como uma desculpa para todo esse fracassso! Estamos a falar de um dos países mais pequenos da CEE. Não é nada comparado com a Itália que está em muito piores lençóis, com um rácio PIB/dívida muito maior. E temos ainda a Irlanda e a Espanha...O que é que eles vão fazer? Dar mais uns milhões de dólares à Grécia quando o pais tem 500 mil milhões de dívida? Não, é muito pior do que isso. Olhemos para os problemas nos EUA, é uma forma de focar o problema na Grécia quando, na verdade, todo o sistema económico está a cair por terra devido à impressão de todo este dinheiro digital...
"

Gerald Caliente. Acabemos com esta farsa de democracia.

“Estamos a olhar para a primeira grande guerra do séc. XXI”


Só não está informado da verdadeira razão deste esbulho das empresas públicas e dos bens que ao povo deveriam ser destinados, se não estivermos atentos a outras informações, que nos chegam de diferentes orgãos de comunicação, não enfeudados, com os interesses do poder económico.  
 

ESTAMOS À ESPERA DE QUÊ?... NA GREVE GERAL DE  24 NOVEMBRO TEMOS DE ENCHER AS RUAS E DAR UM SINAL INEQUÍVOCO DO QUE QUEREMOS

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

GREVE GERAL SUGESTÃO DE MEDIDAS A TOMAR

Recebi pela net, de um anónimo esta proposta que acho ter algum interesse, se aplicada



GREVE GERAL
                                 24 de Novembro de 2011


Amigos

Aqui vai uma ideia que poderá será uma das formas de resposta adequada ao ROUBO que nos estão a fazer, depois de uma vida inteira de trabalho:


Muitos de nós já não poderemos, por várias razões, participar em manifestações ou até mesmo em concentrações de rua para manifestarmos o nosso repúdio pelas medidas que estão a ser tomadas contra os reformados, os trabalhadores, contra os Portugueses.


Assim, no dia 24 de Novembro, como protesto, não façamos qualquer espécie de consumo, isto é, façamos greve à EDP, ao Gás, à Água, aos Operadores de telemóveis e à PT (com excepção aos telefones gratuitos).


Esta proposta é para que durante as 24 horas do dia 24, as principais empresas fornecedoras de bens e serviços, sintam bem o que é estar

UM DIA sem facturar!

Aqui vão umas dicas:
- Se não puderem prescindir desses bens durante as 24 horas, pelo menos façam-no de forma a que O NÃO CONSUMO coincida, em todas as casas, das 0 horas ao meio dia; (Já viram o que será termos os contadores todos parados?!)

- Façam todas as compras para abastecimento desse dia,
   no dia anterior;


- Abasteçam-se de água também de véspera;

- Tomem banho antes da meia-noite de 23/11;

- Desliguem todos os electrodomésticos, incluindo TV;

- Liguem só rádio a pilhas para ouvir as notícias;

- Não utilizem os telemóveis;

- Utilizem só os telefones fixos gratuitos;

- Preparem comida que possa ser servida fria.


MUITO IMPORTANTE: ter em casa velas ou lanternas
É SÓ UM DIA! NÃO CUSTA NADA, A QUEM SÃO PEDIDOS TANTOS SACRIFICIOS!

Muitos de nós já passamos sem estes bens!... Não queremos voltar atrás!

Se está de acordo, passe este email a todos os seus amigos. Todos seremos mais uma força para mostrar que queremos um País mais justo.


PALAVRAS PARA QUÊ, SÃO ARTISTAS PORTUGUESES.



Todos os dias ouvimos o mesmo, e os ladrões estão identificados, porque não os prendem?
Agora, em Portugal os "bancos querem escolher a quem o Estado venderá as sua acções"..
Mas onde é que nós estamos, na República das Bananas. Esqueceram-se depressa que eles são os maiores culpados da crise? Não, não esquecem eles querem é ganhar com a crise, como todos sabemos.
E vendemos para quê e por quê? Quem ganha ou quer ganhar? Estas é que são as perguntas que merecem resposta

O POVO TEM DIREITO A JULGAR ESTES POLÍTICOS

Quem fala assim não é gago. Porque será que os políticos que não cumprem com o que politicamente prometem e defendem nos seus discursos, se um dia forem governo, não são demitidos pelo Presidente da República, e são julgados por enganarem o povo, descaradamente. Condenavam o anterior governo, na maioria dos casos, com razão e agora fazem pior.... alternam-se no poder e na calhordice. RUA COM ELES JÀ , SÓ FICA NO GOVERNO QUEM CUMPRE O QUE DIZ PERANTE O POVO.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

"Ohh, seu branco filho da ....."


Bola com várias cores para não ferir susceptibilidades
No blog anterior, o assunto era de "literacia". E no caso vertente bem mesmo “a talho de foice”, como diz o povo
Entende-se por literacia como a capacidade de cada indivíduo compreender e usar a informação escrita contida em vários materiais impressos, de modo a atingir os seus objectivos, a desenvolver os seus próprios conhecimentos e potencialidades e a participar activamente na sociedade. A definição de literacia vai para além da mera compreensão e descodificação de textos, para incluir um conjunto de capacidades de processamento de informação que os adultos usam na resolução de tarefas associadas com o trabalho, a vida pessoal e os contextos sociais.
http://literaciadainformacao.web.simplesnet.pt/Literacia_da_informacao.htm

Pois eu acho que no futebol português há muita muita gente, mas é com iliteracia, ou seja, dificuldade em ler e interpretar, e escrever; falta de conhecimentos considerados básicos; analfabetismo.
Depois de ter ouvido há tempos atrás o sr. Pinto da Costa, dizer, que chamar “filho da..p “ até pode ser um acto “carinhoso”, ou algo que o valha, dependendo da amizade, ou do grau de conhecimento que se tem, com pessoa com quem se usa tal piropo, ou a história daquele jogador à Porto, que levava um alfinete para o campo para nos pontapés de canto, na área da sua baliza, picar o jogador adversário. Esta coisa do jogador Alan dizer que Javi Garcia lhe chamou preto, não me espanta.  Tal insulto é de uma gravidade, do qual as instâncias futeboleiras não devem deixar passar em branco, porque se lhe tivesse chamado “branco”, azul, vermelho às manchas é que seria natural....dasssss.
Alan de mais, o adversário, pôr a mão à frente da boca é pouco correcto quando se arrota tais insultos, deveria o jogador ter mostrado os dentes e soletrar letra por letra para as câmaras, como quando em pleno jogo se apelidam de “filhos da p...” (tal é o grau de amizade), “ Vai pró car.....” e não raras vezes mimosiando o árbitro da partida.
Assim vai o mundo ridículo do chamado Desporto Rei, que tem mais broncas e atitudes reprováveis, do que a coroa inglesa com as suas infidelidades e escândalos.  
É engraçado como há alguns anos a esta parte, que os jogos em Braga dêem sempre polémica, com túneis agressões, ou uns simples apagões consecutivos das luzes de campo. É uma caso de estudo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

SIMPLIFICAR A LINGUAGEM

A importância de uma linguagem simples para o desenvolvimento do país.
Contém dois conselhosfundamentais: EXIJAM COMPREENDER, NÃO SE FIQUEM. ESCREVAM PARA SER COMPREENDIDOS...ESCREVAM PARA AVÓ

Sandra Fisher-Martins: The right to understand | Video on TED.com

EUROPARQUE, um mau exemplo de gestão patronal...

Nos textos abaixo transcritos, esclarece-se, mais uma vez, que tipo de patrões existem em Portugal e que tipo de governantes estão na direcção deste país.

Porto, 02 nov (Lusa) -- A Associação Empresarial de Portugal (AEP), detentora de 51 por cento do capital do Europarque, em Santa Maria da Feira, reconheceu hoje a impossibilidade em honrar os pagamentos à banca, o que conduzirá à execução do aval do Estado.


Em comunicado, a associação empresarial liderada por José António Barros explicou que "concedeu vários empréstimos à Associação Europarque [dona do Europarque], sendo hoje credora desta em cerca de sete milhões de euros" e que não foi possível encontrar uma saída em tempo útil "ao contrário do que esperava".

"Oportunamente e por não estar a Associação Europarque em condições de pagar dentro do prazos as amortizações previstas para o fim de abril, maio e junho passados, a AEP pediu ao Tesouro uma extensão do aval, no intuito de dilatar por seis meses os prazos que diziam respeito a essas amortizações", adiantou, mas, findo o prazo, "não foi possível encontrar uma saída" depois de ter procurado "junto de várias instâncias, públicas e privadas, uma solução alternativa à execução do aval, nomeadamente através da venda de outros ativos patrimoniais da Associação Europarque".

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/europarque-aep-reconhece-incapacidade-de-pagar-divida-a-banca=f684963#ixzz1d2MMgNaY


No Correio da Manhã - 04 Novembro 2011

Dívida: 30 milhões de euros
Buraco no Europarque

O Estado é obrigado a assumir a propriedade do Europarque, em Santa Maria da Feira, e a respectiva dívida de 30 milhões de euros, por força do aval concedido, em 1995, ao sindicato bancário que viabilizou a construção. Uma dívida que nenhum dos gestores da Associação Empresarial de Portugal (AEP) assume, e que representa cerca de três euros a sair do bolso de cada português.

Por:Manuela Teixeira

Digo eu:
Se pensarmos, bem nos salários auferidos pelos senhores administradores, ao longo destes anos, muitos deles fazendo figura de corpo presente, não se perceberá a razão de tal prejuízo?.
Aqui, temos o melhor exemplo, de que não são os trabalhadores que são responsáveis pela crise, mas sim a má gestão dos patrões. A AEP é um associação de patrões, pelos vistos nem os interesses deles são capazes de gerir. Pela sua má gestão pagamos todos nós, em especial, quando o avalista das suas dívidas é o estado.
Acho que chegou a altura, daqueles senhores que vão aos Prós & Prós, defender que os trabalhadores precisam de mais formação e flexibilização, aplicarem a mesma medida aos patrões e lhes proponham de igual modo fazerem formação, ou uma reciclagem, como operários de uma qualquer empresa em dificuldades e com salários em atraso, para aprenderem a gerir as dificuldades.

sábado, 5 de novembro de 2011

"Este pais neste momento é mesmo um pardieiro muito mal frequentado"



Ele assusta as meninas/os das canções, algumas até dizem, “que ele é um grosso” por dizer na cara das pessoas, o quanto são ridículas ou incompetentes, ou por não pôr “paninhos quentes”, quando tem de chamar à razão alguns pretendentes com pretensões a ídolos, e têm pés de barro”. Eu próprio diria, o mesmo depois de assistir a alguns bocados dos seus programas, embora aprecie a frontalidade das pessoas. No entanto, hoje, ao ver este vídeo que abaixo coloco, percebi os porquês, do mau humor do sr. Manuel e dou-lhe toda a razão, de facto eu também ando chateado.  Só não estou de acordo com "impassividade"

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PARA ESCLARECIMENTO, PUBLICO O QUE É PÚBLICO

Tempo de minhocas e de filhos de meretriz

“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos. Num tempo soturno, melancólico, deprimente. “Tempo de solidão e de incerteza / Tempo de medo e tempo de traição / Tempo de injustiça e de vileza / Tempo de negação”, diria Sophia de Mello Breyner. Tempo de minhocas e de filhos da puta, digo eu. Entendendo-se a expressão como uma metáfora grosseira utilizada no sentido de maldizer alguém ou alguma coisa, acepção veiculada pelo Dicionário da Academia e assente na jurisprudência emanada dos meritíssimos juízes desembargadores do Supremo Tribunal da Justiça. Um reino de filhos da puta é assim uma excelente metáfora de um país chamado Portugal. Que remunera vitaliciamente uma “sinistra matilha” de ex-políticos, quando tudo ou quase tudo à nossa volta se desagrega a caminho de uma miséria colectiva irreversível.

Carlos Melancia, ex-governador de Macau, empresário da indústria hoteleira, personificou o primeiro julgamento por corrupção no pós 25 de Abril. Recebe, actualmente, 9500€ mensais; Dias Loureiro, um “quadrilheiro” do círculo político de Cavaco, ex-gestor da SLN, detentora do BPN, embolsa vitaliciamente 1700€ cada mês; Joaquim Ferreira do Amaral, membro actual da administração da Lusoponte com a qual negociou em nome do governo de Cavaco Silva, abicha 3000 €; Armando Vara, o amigo do sucateiro Godinho que lhe oferecia caixas de robalos e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, enfarda nada mais nada menos que 2000€; Duarte Lima, outro dos “quadrilheiros” do círculo político cavaquista, acusado pela justiça brasileira do assassinato de uma senhora para lhe sacar uns milhões de euros, advogado na área de gestão de fortunas, alambaza-se mensalmente com 2200€; Zita Seabra, que transitou do PCP para o PSD com a desfaçatez oportunista dos vira-casacas, actual presidente da Administração da Alêtheia Editores, açambarca 3000€… E muitos, muitos outros, que os caracteres a que este espaço me obriga, me forçam a deixar de referir.

Quero, no entanto, relevar um deles – Ângelo Correia, o famoso ministro do tempo da chamada “insurreição dos pregos”, actual gestor e criador de Passos Coelho que, nesta democracia de merda, chegou a primeiro-ministro “sem saber ler nem escrever”! Pois Ângelo Correia recebe 2200€ mensais de subvenção vitalícia! E valerá a pena recuperar o que disse este homem ao Correio da Manhã em 14 de Junho de 2010: “A terminologia político-sindical proclama a existência de ‘direitos adquiridos’ (…) Ora, numa democracia, ‘adquiridos’ são os direitos à vida, à liberdade de pensamento, acção, deslocação, escolha de profissão, organização política (…) Continuarmos a insistir em direitos adquiridos intocáveis é condenar muitos de nós a não os termos no futuro.” Ora, perante a eventual supressão da acumulação da referida subvenção vitalícia com vencimentos privados, o mesmo Ângelo Correia disse à RTP em 24 de Outubro de 2011: “Os direitos que nós temos (os políticos subvencionados) são direitos adquiridos”! Querem melhor? Pois bem. Este é o paradigma do “filho da puta” criador. Porque, depois, há o “filho da puta” criatura. Chama-se Passos Coelho. Ei-lo em todo o seu esplendor, afirmando em Julho de 2010: “Nós não olhamos para as classes médias a partir dos 1000€, dizendo: aqui estão os ricos de Portugal. Que paguem a crise”. E em Agosto de 2010: “É nossa convicção não fazer mais nenhum aumento de imposto. Nem directo nem encapotado. Do nosso lado, não contem para mais impostos”. Em Março de 2011: “Já ouvi o primeiro-ministro (José Sócrates) a querer acabar com muitas coisas e até com o 13.º mês e isso é um disparate”. Ainda em Março de 2011: “O que o país precisa para superar esta crise não é de mais austeridade”. Em Junho de 2011: “Eu não quero ser o primeiro-ministro para dar emprego ao PSD. Eu não quero ser o primeiro-ministro para proteger os ricos em Portugal”. Perante isto, há que dizer que pior que um “filho da puta”, só um “filho da puta” aldrabão. Ora, José Sócrates era um mentiroso compulsivo. Disse-o aqui vezes sem conta. Mas fazia-o com convicção e até, reconheço, com alguma coragem. Este sacripanta de nome Coelho, não. É manhoso, sonso, cobarde. Refira-se apenas uma citação mais, proferida pelo mesmo “láparo”, em Dezembro de 2010. Disse ele: “Nós não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra (…) Nós precisamos de valorizar mais a palavra para que, quando é proferida, possamos acreditar nela”. Querem melhor?
“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos. É o “tempo dos coniventes sem cadastro / Tempo de silêncio e de mordaça / Tempo onde o sangue não tem rasto / Tempo de ameaça”, disse Sophia. Tempo para minhocas e filhos da puta, digo eu. É o tempo do Portugal que temos.

Nota – Dada a exposição pública do jornal com esta crónica na última página, este título destina-se apenas a não ferir as sensibilidades mais puras. Ou mais púdicas. Luís Manuel Cunha in Jornal de Barcelos de 02 de Novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SOMOS UM POVO ABORRECIDO.....?

 A maior desgraça de uma nação pobre, é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mia Couto
Estamos a precisar de pôr grilhetas nos pés, talvez assim nos lembremos, que não queremos ser escravos dos que têm o Poder do Dinheiro.
Dói ver todos dos dias, humoristas, pseudo-democratas, comentadores de algibeira, economistas que não vêm mais do que números, gestores de barriga cheia, a dizer que o país está em causa. Que país está em causa, o desses senhores, que estão preocupados com o seu status, ou do Povo que trabalha haja crise, ou não e a quem se vai sonegar o pouco já têm para que não seja posta em causa a economia? Economia de quem e para quem, a favor de quem, foram eles os responsáveis pela crise??? Façam-me rir, mas a coisa não está para brincadeiras, se o dinheiro mudou de mãos o melhor é procurar porquê e para que mãos.
Já cansei de ver noticiários entremeados com anúncios de concursos sobre Gordos que querem ser magros e de Magros que querem ser Gordos. De casas com Segredo e Segredos dentro da casa, de crises  nos futebóis e de futebóis na crise, de Pró sem Contras, onde o que ontem era verdade, hoje é mentira e dito de boca cheia, pelas mesmas alminhas sem cor. Sim, já cansei dessa fantochada toda, que pretende alienar todo o Povo fazendo-o esquecer os seus problemas.
Não quero correr o risco de ser um transgénico, e transformar-me num coelho, ou pedaço de relva descolorida. Por isso "democraticamente" me manifesto contra as medidas tenebrosas, que almas sem espinha, nos querem impor.
Resta-me ainda a esperança, de que o Povo se vá cansando e um dia destes acorde e com um pontapé bem acertado, os mande para o outro lado da cerca.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O DIREITO AO DELÍRIO


Sempre fui contra os transgénicos pelo perigo que representam para a saúde pública. Embora alguns indivíduos defendam tal feito e sua utilização, nós já temos a prova de que as Relvas não são boas para a nutrição, nem para o bem estar da nação. No entanto há Coelhos que plantam Relvas para que não lhes falte comida, e não entendem nem da política nem da vida. Aqui vão algumas ideias de Eduardo Galeano, para ver se aprendem a conhecer o que ao povo interessa ter e saber.