segunda-feira, 7 de novembro de 2011

EUROPARQUE, um mau exemplo de gestão patronal...

Nos textos abaixo transcritos, esclarece-se, mais uma vez, que tipo de patrões existem em Portugal e que tipo de governantes estão na direcção deste país.

Porto, 02 nov (Lusa) -- A Associação Empresarial de Portugal (AEP), detentora de 51 por cento do capital do Europarque, em Santa Maria da Feira, reconheceu hoje a impossibilidade em honrar os pagamentos à banca, o que conduzirá à execução do aval do Estado.


Em comunicado, a associação empresarial liderada por José António Barros explicou que "concedeu vários empréstimos à Associação Europarque [dona do Europarque], sendo hoje credora desta em cerca de sete milhões de euros" e que não foi possível encontrar uma saída em tempo útil "ao contrário do que esperava".

"Oportunamente e por não estar a Associação Europarque em condições de pagar dentro do prazos as amortizações previstas para o fim de abril, maio e junho passados, a AEP pediu ao Tesouro uma extensão do aval, no intuito de dilatar por seis meses os prazos que diziam respeito a essas amortizações", adiantou, mas, findo o prazo, "não foi possível encontrar uma saída" depois de ter procurado "junto de várias instâncias, públicas e privadas, uma solução alternativa à execução do aval, nomeadamente através da venda de outros ativos patrimoniais da Associação Europarque".

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/europarque-aep-reconhece-incapacidade-de-pagar-divida-a-banca=f684963#ixzz1d2MMgNaY


No Correio da Manhã - 04 Novembro 2011

Dívida: 30 milhões de euros
Buraco no Europarque

O Estado é obrigado a assumir a propriedade do Europarque, em Santa Maria da Feira, e a respectiva dívida de 30 milhões de euros, por força do aval concedido, em 1995, ao sindicato bancário que viabilizou a construção. Uma dívida que nenhum dos gestores da Associação Empresarial de Portugal (AEP) assume, e que representa cerca de três euros a sair do bolso de cada português.

Por:Manuela Teixeira

Digo eu:
Se pensarmos, bem nos salários auferidos pelos senhores administradores, ao longo destes anos, muitos deles fazendo figura de corpo presente, não se perceberá a razão de tal prejuízo?.
Aqui, temos o melhor exemplo, de que não são os trabalhadores que são responsáveis pela crise, mas sim a má gestão dos patrões. A AEP é um associação de patrões, pelos vistos nem os interesses deles são capazes de gerir. Pela sua má gestão pagamos todos nós, em especial, quando o avalista das suas dívidas é o estado.
Acho que chegou a altura, daqueles senhores que vão aos Prós & Prós, defender que os trabalhadores precisam de mais formação e flexibilização, aplicarem a mesma medida aos patrões e lhes proponham de igual modo fazerem formação, ou uma reciclagem, como operários de uma qualquer empresa em dificuldades e com salários em atraso, para aprenderem a gerir as dificuldades.

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