quarta-feira, 19 de outubro de 2011

NÃO NOS OBRIGUEM A VIR PARA RUA


Se te serve o conselho / Tu que de cima julgas mandar / Não chega um só coelho/ Para nos arrumar .
Pensa bem enquanto podes/ No que estás a fazer/ Não são os snobs / Que nos irão vencer.
Dinheiro ao capital / Ajudas a acumular / Mas quem ao povo faz o mal / Acaba por pagar.
O pobre sente o fel / De quem o quer escravizar / Tem marcas na pele / De quem o está sempre a enganar.
O Povo está atento / E já deu aviso nas ruas / E tem em seu pensamento / Não andar às arrecuas.
Tudo fará ao seu alcance / Para ganhar esta batalha / E para que não avance / Toda essa atitude canalha.
Haveremos de vencer / Com fome, sangue e dor / Lutando sem desfalecer / Porque somos um Povo vencedor.
VENHAM MAIS CINCO

Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá

Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
Dàquém e Dàlém Mar

Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar

A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei

A bucha é dura
Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe

Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar

Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei

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