quarta-feira, 28 de maio de 2014

NÃO me FRITEM OS MIOLOS



Aprendi a relevar certas atitudes, Embora por vezes quem as comete não mereça. Não porque faça como aquele cristão que diz: “ Pai perdoa-lhes que eles não sabem o que fazem”, mas simplesmente porque não me quero chatear, com a ignorância assumida como bandeira, ou porque não tenho nem idade, nem tempo a perder, com energúmenos. As pessoas existem e eu tenho de as aceitar como são, mas não tenho de partilhar com elas, ou convidá-las para minha mesa da vida. Há gente, que é “mau carácter” sempre e não adianta a capa que veste, mas sim a forma como vive a sua vida e suas próprias circunstâncias. Tudo isto, porque há quem julgue, que por ler livros, ou ter uma licenciatura, significa ser mais inteligente, ou ter um “estatuto qualificativo” no seio da sociedade e entre os seus pares. Esquecem esses doutos iluminados, que determinados valores e capacidades não são algo que se possa obter, na sala duma qualquer biblioteca, ou nas salas de aula duma qualquer faculdade. Até as crianças sabem isso, como aquele miúdo que com sete anos dizia: “eu quase não precisava de ir à escola tenho as minhas próprias competências, sei desenhar e esculpir, sei ler e escrever, mas não sou “marrão”. Quando lhe foi perguntado, o que é isso de ser marrão? Respondeu: “Marrões são aqueles meninos gordos que estudam muito e são “inteligentes”.

DC

“A distribuição humana de inteligência, graça, sensibilidade, sentido de humor, originalidade de pensamento, capacidade de expressão é independente da educação ou do grau de instrução”.
Cardoso, Miguel Esteves – “A devida Educação” – Livro, Amores e Saudades de Um Português Arreliado. Ed. Porto Editora.2014