sexta-feira, 27 de março de 2015

Na noite adormecida....

.... insinua-se o silêncio, repousam os sonhos e acordam-se fantasmas.
Entro na cama, em pezinhos de lã, procurando teu aconchego, o conforto do teu calor, a sedução da tua pele, e o prazer de te abraçar eternamente, como se desaparecessem os limites do mundo e ficássemos em céu aberto, olhando as estrelas. Inconsciente, não te dás conta, e deixas-te imobilizar em meus braços encostando tuas costas ao meu peito. Sinto o cheiro do teu corpo, o cabelo sedoso, o teu respirar leve, a fragilidade aparente de toda tu, ali, minha. Sem posse, é amor límpido.
Tenho medo de te perder, quando a noite te leva mais cedo arrastada pelo cansaço. Eu fico sentado, na sala vazia, sem ti, A angústia me aperta. É aí que os fantasmas se apoderam de mim, A mente julgando todos os gestos menos pensados, as palavras que não foram ditas, o apoio que nunca me falta, o teu sentimento que engloba todo o amor que possuis dentro de ti e me transmites.
Talvez esse teu adormecer antecipado, tenha toda a razão de acontecer, é ele que me alerta para te amar, como adoro fazer, e me faz entrar devagar, devagarinho no nosso leito, te abraçando de mansinho, afastando as dúvidas trazidas no peito.

dc

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