domingo, 28 de outubro de 2018

Sempre o tempo


Quando não vem, a tristeza, ensombra o sono e perturba os sonhos. O silêncio é dono, entranha-se fundo, tomando as rédeas do pensamento, adormecendo o gesto. Ficam as palavras suspensas, as ideias perdendo a energia, as emoções exacerbando-se pela intensidade da falta. Na noite o brusco despertar, onde o vazio se faz sentir, ali bem perto do estender do braço, adentra o corpo nessa incerteza que o silêncio instala. Preciso da sua presença, dessa sua alegria maior, da água límpida que bebo dos seus olhos, do beijo adoçado dos seus lábios, que traz o fim dos maus momentos com o entrelaçar dos corpos se unindo. Na nossa espera de todos os dias, não pode haver tempo perdido: a vida é curta de mais para se despender um segundo.


dc


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