quarta-feira, 3 de abril de 2024

Na noite que chega..

Na noite que chega, eu abraço-a, está segura nos meus braços, como se eles fossem seu abrigo. O seu corpo treme quando sente os meus lábios nos seus. Aproximo a minha boca do seu pescoço, que beijo enquanto acaricio o seu cabelo. Eu sinto-lhe a pele como se as minhas mãos estivessem sempre nela. Num registo quente da urgência de nos possuirmos, antes que a noite nos leve para os sonhos. Não hesitamos em procurar um pelo outro, um sobre o outro, no beijo molhado, nas línguas ousadas e nos olhares. Sem pressa, ousamos explorar, todos os lugares onde a boca anseia e a onda de prazer nos leva. Vamos nos desfrutando, até que a explosão dos sentidos chegue, uma espécie de vulcão em erupção, inunda as terras do corpo, marcando os lugares. O sono vem e prolonga nos sonhos o que foi vivido. Adormecemos a contar beijos.

dc


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