Eu olho a sombra, que não é minha, como se fosse, para que não sinta a tua ausência.
É a sombra do balanço com que figuramos o nosso estar, próximos, mas não iguais, Distantes e no entanto o suficientemente perto para sabermos que continuamos na pele um do outro, Ausentes não esquecidos, porque a falta nos lembra todos os dias os pormenores do que cada, num desenho rigoroso feito pela memória.
Nem sempre o que parece é, por vezes a nossa sombra não reflecte o que somos e o que fazemos, é somente a sombra do outro com quem partilhamos a capacidade de vivermos em comum aceitando as diferenças. Em cada um de nós há uma sombra que nos ajuda a viver a realidade, apareça ela travestida do que se queira.
Hoje leio na sombra, como a vidente no fundo da chávena de café, que o futuro ainda é possível e podemos abraçar mais tarde ou mais cedo as sombras que nós trocamos.
dc
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terça-feira, 27 de outubro de 2015
Uma Outra SOmbra
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Verórnique Fauré
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