Todos os anos os portugueses do continente, procuram destinos de férias dos mais variados e nem sempre os melhores nem mais baratos.
É vulgar acabarem as férias queixando-se de que chegam tão cansados como partiram, contando as desventuras porque passaram naqueles poucos dias, em que deveriam retemperar forças. O hotel era mau, a comida péssima, as praias cheias sem espaço para estenderem uma toalha, ou areais extensos e todos cheios de lixo.
Umas vezes escolhem o continente como local, mas como de costume vão para onde todos vão, ou seja, quando escolhem o campo, escolhem as terras para onde todo mundo vai, ou se escolhem mar, vão para onde vai o mundo todo.
Quando vão para o estrangeiro fazem o mesmo tipo de escolhas e com os mesmos problemas que têm Portugal continental, e ainda com a dificuldade de por vezes ouvirem um “ No lo entendo”, dos "nuestros hermanos", que nós tão bem entendemos.
Tudo isto porque não atentam na oportunidade única de passarem umas férias bem divertidas e com paisagens e zonas quase paradisíacas como teriam nos Açores.
Nos Açores, pelo menos nas ilhas que visitei pude detectar, que não tem praias com areais extensos, ou até, muitas praias com areia, mas todas as que tem possuem água límpida, e em temperaturas bem agradáveis, com bem menos gente do que nessas tais outras tão procuradas. Têm comidas e doçarias que se recomendam, festas e touradas bem portuguesas, uma paisagem maravilhosa e acima de tudo gente que fala português com um sotaque delicioso que nos aproxima muito dos nossos compadres alentejanos.
E já agora, não valeria a pena que os governos das ilhas, se preocupassem em mobilizar os continentais para fazerem férias nos Açores, dando-lhes incentivos, em vez de, ou também, como o fazem para os cidadãos dos países do norte da Europa? Cidadãos que enchem o “bandulho” no pequeno almoço dos hotéis, passeiam todo o dia, com garrafas de água debaixo do braço e algumas frutas, e que partem para o país de origem sem levar sequer um “recuerdo”? Os portugueses, pelo menos, enchem o “bandulho” nos hotéis, nos petiscos, nos restaurantes e fartam-se de comprar “recuerdos”, mesmo com a crise. Incentivar os continentais a procurarem conhecer essa outra parte do nosso Portugal, que tão pouco conhecem, é uma tarefa importante.
E para fechar. As duas empresas de aviação que servem aqueles destinos, TAP e SATA, também poderiam apresentar preços bem mais simpáticos para os portugueses...
É bem apropriado dizer neste caso “ VÁ PARA FÉRIAS CÁ DENTRO”
Nota: Só tem fotos das duas ilhas por insuficiência de espaço, mas voltarei com mais futuramente