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quarta-feira, 31 de julho de 2013

OS IMPREVISTOS...



.... acontecem, neste caso foi o meu computador que teve de parar para recuperar os “músculos”e fazer uma pequena reciclagem. Espero que não volte a apanhar-me na curva e me deixe desprevenido sem poder fazer aquilo a que me propus, quando criei este blog, escrifalar.

Nestes dias de paragem senti a falta de escrever aqui neste meu cantinho, de ver os mails, de ir ao Facebook, de ler as notícias e muitas outras coisas, No entanto neste interregno, lentamente fui-me apercebendo do muito que tinha perdido ao afastar-me de outras formas de ocupação, não tão virtuais, mais terrenas e humanas.

Dei mais tempo às ruas, caminhando e observando o que me rodeava espantado, por só agora, parecer existir aos meu olhos, Fotografei muito, captando e procurando fixar o que via, desde grafites, pedaços de rua, flores que num ou noutro lugar iam surgindo e muitos outros pormenores, Algumas vezes fiquei sentado olhando sem ver e pensando sem dimensionar o correr das horas, Dediquei-me mais às leituras, sentindo o tacto e cheiro do papel. Apercebi-me que os programas televisivos são uma chachada e a luz que o aparelho emana nos atrai como aos mosquitos, Dominando pela imagem, “o que se vê é realidade”, é um elemento de comunicação rápida, mas também manipulador, o que para um povo com grande dose de iliteracia é sobejamente perigoso, Tomei mais atenção à leitura dos media escritos, com as suas contradições e falsidades, tentando o povão, para que os compre, vendendo-lhes notícias e informações, pouco sérias e viradas para a defesa dos exploradores desse mesmo povão. Enfim, na realidade foi benéfica esta paragem sem computador e internet, para me aperceber e atentar melhor, no modo como as notícias e as informações, nos chegam no mundo virtual e no mundo real, e acima de tudo, fugindo da “central de comunicação” formatada, que visa instalar os poderes instituídos, sejam eles governo, ou as grandes forças detentoras da economia financeira.

O computador é uma ferramenta de trabalho, que nos ajuda a ir mais longe e mais depressa, mas não podemos perder o horizonte, “o fazer com o prazer”, a experiência do contacto com as coisas materiais da vida e as emoções que se nos deparam nas suas diferentes dimensões, E, acima de tudo percepcionarmos o quanto nos afastamos da espécie humana quando nos deixamos dominar pelas novas tecnologias.

DC