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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ARRUMAR IDEIAS?



Estava ele ali entrando pela noite tentando arrumar as ideias. Trabalho difícil tendo em conta a situação em que se encontrava.

Ele nunca fora dado a entrar pela noite, gostava mais de viver o dia, ver o sol nascer, apanhar a cidade, ou campo, ainda meio adormecido, e por vezes o raiar do sol, no meio da neblina. Talvez pelo os hábitos de quem sempre trabalhou e fez do dia o lugar privilegiado da sua actividade. Nada contra quem gosta da noite dela faz sua vida.

Renegou o dia, e passou a fazer da noite o seu lugar de existir. Não porque priveligie o contacto com o mundo da noite, pelo contrário, vive a noite entre quatro paredes. A “austeridade” foi a principal razão desta troca de forma de estar. De dia, sair à rua, quase obrigatoriamente, implica gastar dinheiro, nem que seja na deslocação do território onde se está, para um outro onde se gostaria de estar. Como tal, opta-se por ver o dia através das janelas, saindo à rua para obtenção do essencial, ir ao médico, às finanças (brrrr), etc, etc.

À noite, porque não possuiu o dia, não dorme, lê, “perde-se” aproveitando a diminuição do ruído para ver filmes, ou séries de gosto duvidoso fazendo zaping televisivo, que por vezes o deixa ainda mais agitado, quando vê umas Fatinhas Bonifácicas, ou uns Marcelos Vitorinicos dizendo disparates, atrás de disparates sobre a economia e de como “salvar” o País, deixando-o angustiado e com insónias consecutivas.

Por vezes, pára no tempo, abstraindo-se de tudo, tentando escrever, amenizando a tristeza que magoa, nessa noite de quatro paredes.

Será como diz Eduardo Galeano:

“Quien está preso de la necessidad, está preso del miedo: unos no duermen por la ansiedad de tener las cosas que no tienen, y otros no duermen por el pánico de perder las cosas que tienen.”

sábado, 3 de novembro de 2012

SÁBADO COM SABOR A TROIKA



A chuva foi o cair da folha no Outono, entrou forte intensa, corrida a vento talvez antecipando um Inverno que ainda não se sabe.

No cidadão comum o inverno já se instalou há muito, com o negrume de uma austeridade que o massacra. Todos os dias têm chuvido medidas que lhe escurecem a alma, que regelam o estomago, e que o fazem tossir de raiva. Diz o povo “abife-se, avinhe-se, abafe-se, para curtir a gripe. Neste caso eu diria agite-se, revolte-se e faça com que eles caiam antes de maduros, porque se não quem cai somos nós, sem curar esta maldita invernia governamental, cheia de estafilococos, do capital financeiro e com o vírus da Troika.



Bom sábado, se possível