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sábado, 7 de fevereiro de 2015

SEIS DE FEVEREIRO...uma data inesquecível



Ontem seis de Fevereiro, duas datas marcantes na minha vida. Um irmão há pouco falecido que faria sessenta e oito, o meu neto que fez sete anos. Para toda a vida ficam as duas lembranças agarradas, uma pela saudade, que fica para todo o sempre, e uma outra pelo significado de vida, seu crescimento e evolução. É a lei da vida, morrem uns, nascem outros num sistema de continuidade.

Do irmão o sorriso, amistoso, a vontade política na luta por uma sociedade melhor, que nunca descurou, do mesmo modo que no exercício da sua profissão de fotografo e juntos dos amigos e familiares, se devotava com toda a paciência entender as crianças com as quais se manifestava como se de um igual se tratasse. Para obter um retrato de uma criança, nem que tivesse de andar de joelhos ou gatinhar, tudo fazia para obter “um bom boneco”, como se dizia na gíria. Ficava feliz de mostrar os “bonecos” que obtinha. Em todas as manifestações, ou greves, onde estivesse uma criança, ela seria alvo da sua atenção de certeza absoluta.

Do meu neto o prazer de ver, cada ano que passa, a metamorfose que se vai verificando no seu crescimento físico e intelectual, A forma atenta e sagaz como vai engendrando diferentes saídas, em termos de expressão verbal, para esgrimir argumentos com os companheiros, com os pais e restantes familiares, e, como induz os outros, mesmo os mais velhos, incluindo os avós, a executarem as brincadeiras que ele gosta.
A escola primária tem sido um lugar de espanto e novos conhecimentos, onde tem dificuldade em manter o silêncio necessário dentro das aulas. Em casa delira na execução de desenhos e pinturas com que gosta de premiar os avós e as pessoas de quem gosta. Fala sem questionar com muitos porquês, trata sim de “dar a volta” conseguindo os objectivos que quer obter. Como costumo dizer é um safado. Nos últimos tempos já não vai à Fnac, ouvir as músicas para crianças, mas todas a que o agitam e fazem manear o corpo com trejeitos de bailarino. Até chama o avô para ouvir e indicar discos ao ponto de ter comprado um deles por sua influência, Para meu espanto ia da música de jazz a new age, passando por outras de chillout.
Fez sete anos e já a vida o agitou de tal ordem que parece uma “maraca”, das que ele construiu para apresentar na escola.

Duas pessoas, que me fazem saudade e alegria, duas pessoas que me acompanham, diariamente numa presença muito sentida e vivida e que me ajudam a entender e a suportar este
nosso fado que se chama vida.

dc