segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Agora, nada




Amor nascido
do nada
foste tu amada

Fruto sem árvore
Quatro pés sobra terra
Cabeça no vento

Húmida na madrugada
No beijo sôfrego
A pele arrepiada

Louco sentimento
Corrido nos dias
Vivendo o momento

Sem saber
Como tudo começou
De repente findou

Assumiu-se vazio
O corpo ficou frio
A mente em desnorte

Agora nada
O silêncio de morte
Fura a madrugada

No fim da estação
O túnel e a escuridão


dc




domingo, 4 de dezembro de 2016

Na minha lua está o sonho


 



Todos falam da lua,
Maior de todos os tempos,
Ninguém conhece
A dimensão da lua
Que abarca meus pensamentos

Na minha todos cabem
Todos falam
Na minha todos sabem
Todos se embalam
Na minha todos têm lugar
Todos ficam de olhos a brilhar

Na minha lua está o sonho
Sem dimensão de grande ou pequena
Quarto minguante ou crescente
Na realidade mais do que aparenta
Ou o sonho que sustenta
Ela é inspiração para seguir em frente.

dc