sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

PerDEU-Se No TExto da VIDA



Naquele mundo de trevas, em que a noite o afogou,
sentira que perdera tudo aquilo que tanto amou.

Os sonhos o alimentaram tempos infinitos.
E a mente acalentou viver dias mais bonitos.

Viajou sempre em direcção ao inferno, porque o céu desaparecera.
Assim, sem mais nem menos, tudo se finou e o mundo em que
vivera.

No calor imenso, entre almas tão penadas
afogou toda a loucura num grito de raiva sem pudor,
esgotando tudo o que sobrava da sua imensa dor.

A desilusão fora tamanha que a esperança se gorou.
Perdeu-se no texto da vida e o caminho da morte encontrou.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

"DE SEU NAMORADO"



Hoje dizem ser o “dia dos namorados”. Fui saber da razão da escolha desta data para tal efeméride, para que muitos dos namorados passem a saber a razão de neste dia darem prendas e o considerarem especial. Embora se saiba que a razão principal não é bem centrada na comemoração dos namorados, e sim um imperativo de marketing para dinamizar o comércio.

Até, porque cá por mim, acho que se deve namorar todos os dias e dar prendas sempre que o entendermos, mas... quem sou eu para mudar tudo isto?

Uma coisa eu sei, nos dias que correm será mais fácil beijar muito, abraçar, esbanjar carícias e ternuras, pois além de ser bem mais agradável, fica mais em conta, pois ainda não se paga taxa para ajudar a resolver a dívida.

Um pouco de história

A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.

O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.

Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.

Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).

“Wikepédia”

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

OS DOIS...



.... cada um no seu lado da consola que não cumpre o nome que tem... somente serve para escrever para o espírito.

Ambos sós, connosco próprios, como siameses escrevendo um com a mão direita outro com a esquerda procurando dedilhar sentimentos no piano de um corpo que se descobre a todo o momento como vivo, existente e ainda perene para altos voos. Se dum lado se dança nos passos outrora conhecidos de um ballet de aprendizagem, do outro, a música dos sentidos, faz brilhar com palavras arrancadas, as comissuras da entrada de um templo que periodicamente é invadido por gotículas de saboroso enlace. com a natureza despertada.

O Sol beija-te o corpo com afagos de lábios de anjos, que no correr da polpa dos dedos te faz saltar cada nervo para a superfície do prazer. Abençoado Sol, maldito Sol, que só ele te devora milimetro a milimetro frente a esse mar adentro

DC

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Uma CONVERSA aconteceu




Não podia deixar que o tempo levasse das minhas memórias o que se passara.
A conversa passeou-se pelas nossas bocas durante largas horas, com interrupções atempadas, trazendo à luz da noite verdades e vivências, num desabafo, catarse, de factos, “coisas” nunca antes saídas da intimidade dos nossos eus. Acontecera algo novo, inesperado, que nos tornou mais humanos, mais próximos. Naquele momento apercebi-me, fazia parte de uma outra realidade, de um outro estar.

Rompeu-se o amorfismo e conformismo das rotinas e aconteceu um momento de agradável descoberta, escutando, abreviando raciocínios, deixando o calor da emoção e a voz fluindo conforme as memórias registadas surgiam na articulação das palavras e das frases. Ganhou-se alegria da diferença, solidificou-se conhecimento, abriu-se uma porta para algo mais forte, frutífero e confiante.

Assim foi um pedaço de noite, onde faltou a lareira acesa e os corpos mais próximos para que o abraço acontecesse, os nossos olhos bailassem ao sabor da chama e o silêncio confortável nos deixasse vogando livremente e sem pressas, até que o calor e as carícias de ternura nos levasse mais longe.

DC

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

TIVE PENA....


Amanheceu, o sol entrou pela janela acordando-me, senti que tinhas partido. Estava só. Não ficara nenhuma mensagem, somente o calor dos lençóis, o cheiro e o espaço vazio onde antes teu corpo dormira. Tive pena que tivesses partido sem eu saber, deixando-me orfão do teu beijo e da caricia dos teus dedos. Quando te enviei a mensagem era só para te lembrar, que deixaras o teu chapéu, e que me fazes falta.
Não te esqueças, se voltares, tens de me prometer, que quando tiveres de partir, me vais  acordar, para te abraçar, beijar e o chapéu na tua cabeça colocar.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

HOJE FAZ CINCO ANOS





O tempo passa e não nos apercebemos. De um dia para o outro, trocamos a fralda pela cueca e de repente, mal damos fé, já estamos novamente na fralda e eles crescem ao nosso lado enquanto nós vamos diminuindo.

Eles são a nossa segunda vida, e com eles renovamos emoções e vivemos novas infâncias. Eles são fruto de preocupação e muita dedicação, e exploram os nossos últimos resquícios da paciência, porque sabem o quanto os adoramos, e quanto prazer sentimos ao recebermos o seu sorriso e a sua atenção.

Há dias que a emoção se exalta, a voz tem outra entoação, e a reprimenda sai, mas nunca por nossa causa, mas pela causa maior. A preocupação de os salvar dos mesmos erros que nós, filhos, que nós pais e agora avós, cometemos ao longo da vida. Umas vezes por ouvirmos mal as vozes dos outros, outras porque nem tivemos os tais pais ou os tais avós que tanto importantes seriam.

Hoje fazes cinco anos.

Ainda foi não passou muito tempo em que te banhavas dentro da barriga da mãe e davas pontapés, nesse teu nadar vigoroso, que tantas emoções trazia a todos nós, agora já corres livremente e escolhes outras águas outras formas físicas de manifestares; um choro, uma birra, um sorriso aberto, uma gargalhada plena de olhos brilhantes, um titubear de frases com que te comunicas, o teu prazer de saborear aquele bolo de chocolate com que pintas os lábios e as bochechas, quando juntos nos nossos encontros.

Hoje não vou fazer juízos, nem do presente, nem para o futuro, só quero que gozes a tua festa, e que mais uma vez nos preenchas com a tua alegria na recepção dos presentes e com a festa da celebração que tanto gostas de viver e cantar.

Um Beijo e um Xi enorme do avô.

DC

domingo, 3 de fevereiro de 2013

NUNCA DEIXAREI DE SONHAR


Por que acredito nos Homens e não preciso de ir à missa confessar-me porque não sofro do pecado da gula, não cobiço a mulher do outro, não roubo, e sempre honrei pai e mãe, etc etc.

Nunca deixarei de sonhar com um mundo, em que todos juntos sejamos mais de que a soma das partes. Em que todos teremos direito a olhar a vida de cabeça levantada e de olhos nos olhos.