sexta-feira, 28 de junho de 2013

HOJE MEDI O TEMPO





No topo da estrutura, engrenagens de neurónios, suporte de filosofia, de palavras em leituras, de discussões em politica, dum olhar sobre a arte, do amor, Lá, no topo de tudo, onde tudo se transforma em tudo, ou nada, É lá, bem em cima, que se alimentam as dúvidas, ou sustentam certezas, É lá que a imaginação se alimenta, se enriquece para não se fenecer ignorante.

Sinto-o cada dia que passa, Sinto-o na pele, nos ossos na carne, dentro de mim. Desde que nasci me acompanham, acrescentando todos os dias mais um dia, a todos aqueles que vivo. Começaram somente sendo simplesmente dias que passam, agora são dias que matam, carregados de pontos cinzentos, com o decorrer do tempo se vão tornando mais escuros. Como se da cor falasse, no evoluir da idade vão-se verificando mudanças na nossa capacidade de discernir e as opções de cor se alteram.

Durante muito tempo me escondi da passagem do tempo, disfarcei a duração do meu tempo, contrariando a natureza, ajustando os diferentes parafusos da estrutura, mudando as formas de energia, enriquecendo a utilização dos órgãos e todos os adjacentes necessários ao “bom funcionamento” e visitando o “mecânico”, sempre que a engrenagem paralisava. Não se pode enganar a vida, ela vai avançando e tira-nos o espaço de errar, para podermos evoluir.

Não sinto mudança na cor, sinto mudanças no viver, as coisas vão perdendo entusiasmo, vamos cometendo erros e não corremos atrás para corrigir, disparamos para um qualquer lado perdendo o norte.

Conversa perdida num dia como de hoje, deveria sorrir cantar e celebrar.. felizmente a televisão deu-me uma prenda para finalizar a noite, A Casa da Lagoa deliciei-me talvez pela trigésima (?) vez, aqui sim perdi definitivamente o norte.

Porto 27/JUN72013

quinta-feira, 27 de junho de 2013

NOTA DE UM ANÓNIMO



Hoje que é um dia especial para mim encontrei esta nota... e fico-me por aí.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

SapatOs VERmelhos


Sapatos vermelhos, vermelho da paixão, vermelho sangue, vermelho vida. Eu gosto do vermelho, é uma cor que aquece, nos atira para frente, Gosto do vermelho de prazer, de gozo, como realce da beleza feminina, Só não gosto do vermelho raiva, desprezo.

Entristece-me os sapatos vermelhos perdidos nos carris da linha onde o comboio fechou o seu destino. Dói, mas o quanto dói, não saber se foram abandonados para seguir viagem, ou se sobraram do corpo, que se deixou ficar e foi levado pelos rodados. Sente-se, na forma como eles estão despojados, que eram de alguém que se perdera e que temerosamente os usara.

Adivinha-se o silêncio, que ficou quando o comboio se aproximou e de repente... nem vestígios, só o perfume da sua presença. Terá partido, e deixou os sapatos de Cinderela? E por quê, se naquele deserto não surgiria um príncipe encantado?..Não há pistas, de que ali algo aconteceu, somente os sapatos vermelhos deixados sobre a linha, Ficaram ali como um aviso de viagem, ou elemento de memória? Uma coisa é certa o vermelho ficava-lhe tão bem.

dc

segunda-feira, 24 de junho de 2013

NA FOLIA DA FESTA... O SILÊNCIO



Ler-me-ás? Talvez sim, talvez não, mas não é grave o importante é que as palavras sejam escritas e fiquem como memória, Também nunca pensara que as lágrimas corressem por dentro, e agora descobriu-o, sentindo-se inundada num mar de tristeza, que afinal não está nos olhos, mesmo que digam que eles são o espelho da alma.
Ele não sabe, mas hoje há gente correndo, preparando tudo para que a noite se faça na folia da festa, festa popular, onde todo o mundo ri, dança, ou salta fogueira, No entanto eu perco-me no silêncio procurando longe, nas origens, a sua residência, Quando na rua, procuro regressar, quando em casa procuro sair, movo-me na contradição, ela mantém astuciosamente o viver sem causa.

Ainda trago pendurado nos meus lábios o seu nome, no meu corpo a sensibilidade das suas mãos, nos meus cabelos a leveza do seu toque, Os seus olhos ainda me aquecem a pele, Sinto-o em cada contorno de mim, como se caminhasse com seus dedos, desenhando o mapa que me dá substância. E fico-me, fico-me, fico-me como o doente em seu leito, sentindo-o e esperando a cura.

Fecho os olhos, e vou contando para dentro números e cores, como se meditasse, deixando-me partir na melodia que vai tocando, e a voz soando...”relaxe os ombros... relaxe a mente... deixe que os pensamentos se desfaçam no vento, que a respiração se atenue e parta para longe...” e fico agarrada a uma imagem que sei que é também sua. Se dessa abstracção... regressar, certamente saberei um pouco mais do que sabia antes, ou pelo menos mais liberta...


CC

domingo, 23 de junho de 2013

O AMOR visto pelas CRIANÇAS



«Quando a minha avó ficou com artrite, não se podia dobrar para pintar as unhas dos dedos dos pés. Portanto o meu avô faz sempre isso por ela, mesmo quando apanhou, também, artrite nas mãos. Isso é o amor.» Rebeca, 8 anos


«Quando alguém te ama, a maneira como pronuncia o teu nome é diferente. Tu sentes que o teu nome está seguro na boca dessa pessoa.» Billy, 4 anos


«O amor é quando uma rapariga põe perfume e um rapaz põe colónia da barba e vão sair e se cheiram um ao outro.» Karl, 5 anos


«O amor é quando vais comer fora e dás grande parte das tuas batatas fritas a alguém, sem a obrigares a darem-te das dele.» Chrissy, 6 anos


«O amor é o que te faz sorrir quando estás cansado.» Terri, 4 anos

«O amor é quando a minha mamã faz café ao meu papá e bebe um golinho antes de lho dar, para ter a certeza de que o sabor está bom.» Danny, 7 anos


«O amor é estar sempre a dar beijinhos. E, depois, quando já estás cansado dos beijinhos, ainda queres estar ao pé daquela pessoa e falar com ela. O meu pai e a minha mãe são assim. Eles são um bocado nojentos quando se beijam.» Emily, 8 anos rsssssssssssssss


«O amor é quando dizes a um rapaz que gostas da camisa dele e, depois, ele usa-a todos os dias.» Noelle, 7 anos


«O amor é quando um velhinho e uma velhinha ainda são amigos, mesmo depois de se conhecerem muito bem.» (nem Sócrates, Descartes ou Freud diriam algo mais certo...) Tommy, 6 anos


«A minha mãe ama-me mais do que ninguém. Não vês mais ninguém a dar-me beijinhos para dormir.» Clare, 6 anos


«Amor é quando a mamã dá ao papá o melhor pedaço da galinha.» Elaine, 5 anos


«Amor é quando a mamã vê o papá bem cheiroso e arranjadinho e diz que ele ainda é mais bonito do que o Robert Redford.» Chris, 7 anos

«Amor é quando o teu cãozinho te lambe a cara toda, apesar de o teres deixado sozinho todo o dia.» Mary Ann, 4 anos tão querida


«Quando amas alguém, as tuas pestanas andam para cima e para baixo e saem estrelinhas de ti.» (quanta arte!) Karen, 7 anos


«Nunca devemos dizer 'Amo-te', a menos que seja mesmo verdade. Mas se é mesmo verdade, devemos dizer muitas vezes. As pessoas esquecem-se.» Jessica, 8 anos


E a última? O autor e conferencista Leo Buscaglia falou de um concurso em que ele teve de ser júri. O objectivo era encontrar a criança mais cuidadosa. A vencedora foi um rapazinho de quatro anos, cujo vizinho era um velhote que perdera recentemente a sua esposa. Depois de ter visto o senhor a chorar, o menino foi ao quintal do velhote, subiu para o seu colo e sentou-se.
Quando a mãe perguntou o que dissera ao vizinho, o rapazinho disse:  "Nada, só o ajudei a chorar".

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"A ARTE É MISSÃO....



Quem não sente a necessidade de um abraço, de um beijo, de uma carícia? Só não precisa quem tem, ou quem nunca teve, porque não sabe o valor da sua ausência.
Através da arte que produzem, muitos artistas transmitem esse tipo de sentimentos de forma esteticamente bela, e como dizia Rodin
“Arte é contemplação – É o prazer da mente que penetra a Natureza e descobre o espírito que a anima. É a alegria da inteligência que vê o universo com clareza e o recria, dotando-o de consciência. A arte é a missão mais sublime do homem já que é o exercício do pensamento tentando compreender o mundo e torna-lo compreensível.”
Auguste Rodin, in A Arte, Conversas com Paul Gsell.



PEDIR DESCULPA


Esperar que as coisas se resolvam por si é possível, mas não é garantido que seja o melhor, ou que efectivamente se resolvam. Não raras vezes, se tomássemos a dianteira e déssemos o primeiro passo para resolução do problema talvez tudo se tornasse mais fácil e claro.