sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A nossa encruzilhada

Foto: Diamantino Carvalho
Muitas são as incertezas em que vivemos. Dizem-nos que nos dias de hoje não se pode dar nada como certo, a não ser à nossa própria existência, “para morrer basta estar vivo”.
Deixamos de ser primitivos, vivendo na civilização(?), mas perdemos a inocência, a liberdade de sermos o que queremos e como queremos. Inventam-se máquinas e computadores, desenham-se roupas de diversos tecidos, ou mesmo não tecidos. Pescam-se diversos peixes, mariscos e plâncton cada um em sua função, dizem para nos alimentar. Depois nada fica nos rios e no mar, tudo foi para congelar e morre em farinha, pois o prazo está a acabar. Nos campos usam-se adubos industriais, que fazem crescer à pressa alimentos vários, sem os sabores habituais. Habituamo-nos a uma alimentação “fast food”, engordando como porcos, ganhando gorduras e maleitas, que nos manda desta para melhor sem as malas feitas. Tudo se faz em nome do homem e do seu bem estar, no entanto os anos passam e é tudo um engano. Trabalhamos imensas horas sem descanso, e a evolução tecnológica nas empresas não facilita a nossa vida, pelo contrário é a garantia de que fazendo mais rápido, menos trabalhadores são precisos. Não interessa diminuir a carga horária, porque deixaria muita gente com tempo para pensar. Continuamos sem tempo para viver, acompanhando as nossas famílias e sentindo nossos filhos crescer , nem da existência tirar prazer.

Deixamos de ser primitivos, para sermos o quê?

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