sábado, 20 de agosto de 2011

História de um quadro e outras estórias


Contam-se histórias de pintores e pinturas, fala-se de técnicas, de estilos, de ciclos, de estética, cor composição, etc. etc. Conversa de doutores. A única coisa de que se lembra, na hora de pintar, foi de que havia uma estória, que ao sobrinho neto queria contar. 
Uma dúvida lhe ficou, qual delas escolheria, para melhor exemplificar? Fica ao critério de quem vê/lê, e como lê/vê. Por experiência digo, que se gosta, ou não se gosta, e o resto é uma bosta.

- Era uma vez: uma “senhora Montanha” que deu à luz um “Lua Cheia”, que os reis Gato, Pomba, Esquilo e Andorinha vieram visitar, vindos de muito longe, em avião fretado, trazendo flores.  Queriam, conjuntamente com as amigas “primárias”, Vermelho, Azul, Amarelo e Verde, da paleta das cores, mai  lo “preto rabugento”, celebrar tão esperado nascimento. E assim todos felizes, desde bem cedo, ao “Lua Cheia”, queriam dizer, que poderia contar com todos os eles, no início da sua vida, cumprindo a tradição da “avó natureza” e de seu tio avô, “o senhor Coelho” de pelo branco de sua alma, com o qual iriam ao circo.

Outra estória se pode contar, sobre o mesmo quadro, abordando as simbologias nele representadas.
A montanha, que figura um corpo feminino,. Mãe é montanha, é força, é consistência, nada a derruba, suporte na nascença, força de permanência.
Lua cheia, símbolo de proximidade, lua dos apaixonados, de beleza da noite, força majestosa que se pretende agregar ao nascido.
Gato, o melhor companheiro dos pais, actual vigilante da mãe.
Pomba da paz, prenúncio de calma harmonia, conciliação.
Avião, viagem, substituição da cegonha, dos tempos modernos.
Esquilo, bichinho simpático, irrequieto, olhar sempre atento, gracioso, como são todas as crianças.
Andorinha, pássaro, dos meses de verão, alegre no seu voo, que nos anima os fins de tarde. As crias são alimentadas por ambos os pais.
As flores no prado verde, com a frescura da natureza premiando o nascimento e o acolhimento.
Cores primárias como base, as que as crianças melhor identificam e o preto a definir.
Composição, a harmonia do todo, sem procura académica, mas no sentir do olhar.

Duas histórias cada uma como seu enredo cada um tem seu segredo.
E pronto, assim foi. A história estética... fica “prá boi contar”

1 comentário:

  1. Querido Senhor Coelho
    o quadro é lindo e as histórias cheias de graça e doçura. Adorei!
    beijos

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