Olho o outro lado da rua e vejo-os a caminhar de passo apressado, de mão fechada capucho na cabeça, olhar esgazeado, calças caindo na anca quase como se fossem despir-se. Vão abastecer-se no remédio do “Santo Aleixo”, nas torres.
A mão fechada é igual na partida como na chegada. Na chegada com as parcas moedas mendigadas no arrumo dos carros, ou em plena rua nos mais diversos locais, implorando que lhes matem a fome, aproveitando-se da boa vontade de uns e remorsos de outros, para sacarem uns euritos, não aceitando pão para a fome, pois a fome é outra.
Todos os dias o mesmo corrupio, jovens e idosos sem diferença de sexo ou classe social, fazem fila esperando pela dose. Ali todos são iguais na procura.
Não sei, nem é esse o meu dever, como parar este flagelo, mas uma coisa eu tenho a certeza, não é facilitando-lhes o caminho que evitamos que aconteça, e muito menos que no mesmo local onde eles se abastecem gastando os tais euritos, tenham logo na curva seguinte, a carrinha da associação X, que lhes fornece sandes, sumos, e outras coisas mais, nem com as afamadas salas de chuto, e as seringas grátis. E culminando tudo isto, alguns ainda recebem, subsídios de inserção, rendimentos mínimos e outras coisas parecidas sem nunca terem “vergado a mola”, ou mais correctamente terem trabalhado.
É triste, que diariamente reformados, que começaram a trabalhar aos dez anos de idade, que só pararam perto dos sessenta anos, se não mais, e desempregados que não se despediram, mas foram despedidos, sejam insultados por governos e patronato como se fossem “chulos” sociais, depois de durante largos anos terem trabalhado na riqueza do país e adquirido os seus direitos. São os que pagam as crises todas aguentando aumentos nos produtos essenciais e a diminuição das comparticipações no SNS, para estes não existem salas de “chuto” que os compense, nem carrinhas à porta de casa que lhes ofereçam comida.
A mão fechada é igual na partida como na chegada. Na chegada com as parcas moedas mendigadas no arrumo dos carros, ou em plena rua nos mais diversos locais, implorando que lhes matem a fome, aproveitando-se da boa vontade de uns e remorsos de outros, para sacarem uns euritos, não aceitando pão para a fome, pois a fome é outra.
Todos os dias o mesmo corrupio, jovens e idosos sem diferença de sexo ou classe social, fazem fila esperando pela dose. Ali todos são iguais na procura.
Não sei, nem é esse o meu dever, como parar este flagelo, mas uma coisa eu tenho a certeza, não é facilitando-lhes o caminho que evitamos que aconteça, e muito menos que no mesmo local onde eles se abastecem gastando os tais euritos, tenham logo na curva seguinte, a carrinha da associação X, que lhes fornece sandes, sumos, e outras coisas mais, nem com as afamadas salas de chuto, e as seringas grátis. E culminando tudo isto, alguns ainda recebem, subsídios de inserção, rendimentos mínimos e outras coisas parecidas sem nunca terem “vergado a mola”, ou mais correctamente terem trabalhado.
É triste, que diariamente reformados, que começaram a trabalhar aos dez anos de idade, que só pararam perto dos sessenta anos, se não mais, e desempregados que não se despediram, mas foram despedidos, sejam insultados por governos e patronato como se fossem “chulos” sociais, depois de durante largos anos terem trabalhado na riqueza do país e adquirido os seus direitos. São os que pagam as crises todas aguentando aumentos nos produtos essenciais e a diminuição das comparticipações no SNS, para estes não existem salas de “chuto” que os compense, nem carrinhas à porta de casa que lhes ofereçam comida.
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