domingo, 9 de outubro de 2011

Adoro S. Jacinto

Torreira. Estrada marginal para S.Jacinto
Cais. S.Jacinto

Adoro S.Jacinto, quando lá vou renovo todas as energias, e fico com carga positiva para muito tempo. Quando chegados do Porto, ou Ovar, à rotunda que dá acesso, à Torreira e S. Jacinto, sabemos que durante cerca de vinte quilómetros, iremos ser acompanhados pelo espelho de água, que é a ria e desde logo, seja de qual for a estação do ano, uma sensação de paz nos preenche levando-nos a reduzir a velocidade para podermos absorver todo aquele espaço. Os veículos que circulam são poucos, mesmo agora, que junto à Torreira, construíram uma marina. É uma passeio único para quem aprecia paisagens serenas, e pretende sair do bulício da cidade. Não é difícil a quem lá vai pela primeira vez, ficar seduzido pelo que vê.  Ao longo dos últimos vinte cinco anos, só, ou acompanhado, tenho feito de S.Jacinto, lugar de peregrinação anual obrigatória. Gosto de ir com tempo para parar à entrada da Torreira e tomar um café acompanhado de um "pastel de nata", tendo a ria como paisagem dominadora. Aí, por vezes converso um pouco, por vezes fico em silêncio observando a água, sem qualquer pensamento, observando de forma abstracta, aquele quadro de cores suaves que a natureza me presenteia. Fico assim pronto para fazer os restantes doze quilómetros até ao destino de refeição, onde por norma, me consolo comendo peixe de qualidade, sempre fresco, cozinhado de maneira simples e saborosa. Após o almoço, gosto de passear na marginal onde fica o cais, apreciando os pequenos barcos de pesca e os muitos pescadores, que por norma enchem o pontão. No regresso, com o carro em velocidade reduzida, procuro fixar na retina e na mente tudo o que observo, para mais tarde, nos momentos de ócio, ou menos agradáveis, me sirva como fuga à cruel realidade do quotidiano.

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