terça-feira, 11 de outubro de 2011

História de um quadro VI

Olhava a parede e via o reflexo da janela presenteando-me a ideia. Ali estava algo que me activava a mente, motivando-a para agarrar nos pincéis e tentar algo. As cores que lá estavam não eram as que eu queria, por isso divaguei pelo azul e branco procurando a profundidade e ao mesmo tempo realçar a força da ausência de cor, o branco. Mais do que o resultado final obtido, para mim, foi o gozo de realizar aquela superfície, sentir cada minuto como se fosse o último. Quando parei fiquei vazio. Restei olhando procurando descobrir o que acontecera, mas nada havia para pensar e dizer. Para quê inventar teorias estéticas, ou linguagem filosófica?
Por momentos tinha sido um pintor em pleno, ponto.

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