“Por este mundo acima”, atirou-me do meu mundo abaixo. Tal e qual o Eduardo, também eu choro por tudo e por nada, e ao ler o livro, não raras vezes aconteceu.
Choro pelas muitas Sofias deste pais; por faltarem mais Eduardos no mundo presente; por haver poucas Patrícias e Sebastiões, mas muitos canastrões da literatura a vender “uma espécie de livros” e porque afinal, é preciso estarmos na eminência de desaparecer, ou de desaparecer este nosso mundo, para nos apercebermos quanto é importante dizer, eu amo-te, gosto de ti, adoro-te.
Li o livro e senti o vazio de uma cidade, de um mundo, sem que precisasse de uma descrição exaustiva, as palavras e os protagonistas colocaram-me lá.
Vivi intensamente um Eduardo, uma Sofia com um passado pesado e um Pedro, que nem sabe porque razão por vezes é mau, mas que se não encontrasse um “Eduardo”, talvez fosse vitima das circunstâncias.
É um livro de fé e confiança no ser humano, de que é possível de entre os escombros de uma sociedade, encontrar formas de vida, até por vezes mais solidária.
É assim que eu vejo o livro, certamente diferente de muitos outros e ainda bem, mas paciência eu sou como Eduardo, também as lágrimas por vezes me correm no rosto sem saber o por quê?
A Patrícia vai gostar de saber disto...
ResponderEliminarObrigada:) um leitor generoso é uma benção. Obrigada. Um beijo
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