terça-feira, 10 de janeiro de 2012
História de uma morte anunciada
Texto escrito a 31/12/11 - Matosinhos
Rui Huet Viana Jorge
A MORTE DO EURO
Numa sexta-feira qualquer do ano de 2012, o Sr. Primeiro Ministro virá á hora do telejornal, anunciar a saída do euro.
A partir desse momento, estarão encerrados todos os bancos, e ATM(s). O Nosso 1º Ministro anunciará para os próximos dias o valor de conversão do euro em escudos; Ninguém julgue que vai receber 200$ por cada euro; o cambio será o que o governo e o Banco de Portugal entenderem mais favorável para pagar a dívida soberana.
Um número que me assalta, é 1€ = 100$. Vai ser mais fácil para os portugueses fazerem as contas, e 50% da dívida ficará logo saldada.
Passará a ser proibido atravessar a fronteira com euros. Possivelmente as fronteiras serão fechadas alguns dias para melhor controlo, muito embora os amiguinhos do costume (banqueiros governantes e seus próximos) sejam avisados com a devida antecedência.
O sistema financeiro será todo nacionalizado, para melhor controlo. A taxa de cambio entre euros e escudos, terá a responsabilidade política do governo, e a responsabilidade monetarista do Banco de Portugal. Como de costume a responsabilidade partilhada vai servir para acusações mútuas, e fuga ás responsabilidades.
Voltarão as quotas/tarifas ás importações.
O banco de Portugal passa a ter o poder de emitir moeda, jogando com a inflação e a desvalorização da moeda conforme as conveniências.
Depois do Banco de Portugal carimbar(marcar) todas as notas de euros, para poderem circular novamente, o que no mínimo demorará uns dias largos, embora possa ir libertando dinheiro marcado ao fim de 2 a 3 dias, todos os portugueses sentirão verdadeiramente o que se está a passar;
Façam as contas: ou ganham metade ou todos os produtos custam o dobro;
Em termos e economia caseira é igual.
Um pequeno exemplo: pegar no automóvel e atravessar a fronteira para ir a um simples almoço, passa a ser uma operação delicada a pedir orçamento prévio.
Quanto tempo iremos demorar a recuperar????
Se imaginarmos o país tal como ele é, se continuar a ser, teremos uma economia atrasada, débil, e seremos eternamente assim.....
Uma das saídas mais provável para a sobrevivência de muitos de nós, será a agricultura, que por falta de meios financeiros irá ser na maioria dos casos, uma agricultura de sobrevivência.
Possivelmente por isso é que o fado passou a ser património imaterial da humanidade.
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