domingo, 1 de abril de 2012

AMOR versus ÓDIO. E esta heim?


"Embora possa parecer paradoxal, mesmo assim é verdade que, se não existe ódio suficiente, não existe amor bastante. Se não existe ódio suficiente, ele deve ser evocado para estimular a cooperação. "

"Evocar o ódio para estimular o amor é truque que os políticos contemporâneos e os psicoterapeutas conhecem e usam com frequência"

O Lado Obscuro do Amor - Jane G. Goldberg.
Estes dois nacos de texto, extraídos de livro, do capitulo 2. Amando o Amor Odiando o Ódio. São suficientes para assustar qualquer um. Já tinha ouvido falar que o "amor estava a um passo do ódio e vice versa", mas ler vinte e seis páginas a justificá-lo, como sendo parte do dia à dia da nossa existência, deixou-me perplexo. Quase todos nós, os que já amamos, encontramos situações em que odiamos a pessoa amada, pelo que exige de nós, pelo que nos tira de sossego, pelos ciúmes e uma infinita quantidade de coisas, mas entender, que isso faz parte da manutenção do amor é que faz confusão.
O sentimento de ódio sempre foi analisado pelo cidadão comum, como algo que não deve acontecer. ódio é um sentimento condenável, pensava eu, mas afinal não é verdade. De facto já alguém dizia" a úlcera não é o resultado do que comemos, mas daquilo que nos come", ou seja os alinhadinhos, os certinhos, estão tramados, porque não defendendo a sua integridade emocional, reprimindo sentimentos de raiva, competitividade, ciúme, se tornam seres miseráveis, como indivíduos.

Ao  ler estas ideias começo a ficar confuso. Parece aquela história, de lermos algures, que a cerveja engorda e não se deve beber, e uns dias depois, dão-nos um folheto qualquer a dizer que os investigadores da universidade XPTO, chegaram à conclusão de que beber dois copos ( não se sabe o tamanho) de cerveja, por dia, até faz bem à saúde.

Por isso, a partir de hoje, vou odiar muito para ver se governo me trata com amor, e se o verdadeiro amor me corresponde às carradas.
Dito isto bom domingo.

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