É neste lugar que eu me perco, na procura de mim. Aqui encontro o meu silêncio.
Neste espelho de água deixo-me vogar para tudo o que é impossível. Sonho-me num paraíso longe da acidez das gentes, e da sua pequenez. Avalio os meus sentimentos, julgo e me julgo, de erros e omissões, nas controversas decisões, por vezes tomadas a frio, ou no calor das discussões.
Também aqui me deixo levar pela ausência de pensar. Para que o peso das coisas terrenas, se dilua e encontre a paz na minha loucura.
Como eu gostaria de estar observando este espelho de água, pela janela aberta de um qualquer espaço sobre ele pousado, gozando com a brisa delineando nossos corpos na nudez do amanhecer, no arrepio poderoso da emoção.
Sim, como gostaria eu de restar, a teu lado, entre leituras, conversas sem tempo, abraços, beijos e prazeres inesperados. Do acordar sentindo-nos inteiros, entre aromas do mar e dos pinheiros. dos nossos corpos, no ar o seu cheiro, na nossa pele as marcas do prazer e do orvalho.
Venho-te visitar na continuidade dos tempos, nem sempre com a mesma alma, mas sempre de esperança às costas, de encontrar as respostas.
É aqui, que filtro a razão e a emoção, apurando a sua presença no espaço da minha vida.
terça-feira, 10 de abril de 2012
É NESTE LUGAR QUE ME PERCO
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Belíssimo este teu texto, esta tua forma de sentir e de amar.
ResponderEliminar"Também aqui me deixo levar pela ausência de pensar."
Por esta ausência, também eu o procuro e amo!
Beijo imenso