domingo, 10 de junho de 2012

FIM DO CAMINHO

Aquilo que na mente quer e não pára, o corpo já não obedece, e vai trazendo maior de dor que a própria ausência.

Noite dentro sentido as paredes apertarem-no, vê o tempo passar enquanto espera que o corpo reaja à doença. Por mais voltas que dê não consegue, ainda hoje, saber o que se passou.

Gostaria de a ter em seus braços antes de partir, sentir mais uma vez o calor do seu corpo saborear de seus lábios no beijo que tanto deseja.

Foi enredado num esquema de emoções que prendem como numa gaiola, onde nem cantar pode porque a voz lhe fugiu, como lhe fogem todos os dias bocados de vida.

Solta-se o rio. Vai procurando margens na pele por onde seguir, formando rugas no leito do rosto. Nada dói tanto, como querer e não poder.

Gostava de voltar a sorrir. Com o sorriso aberto como quando criança vindo de dentro sem estar enredado nas malhas estúpidas da dúvida e sem a pressão de se ter de ser certinho e bom “menino”.

DATA: um dia não longe onde a morte existiu.

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