sexta-feira, 22 de junho de 2012

VISTO À DISTÂNCIA


Com dignidade a verdade foi dita, o código dos segredos foi revelado, o coração ficou sem comportas, a vergonha deixou de existir. O número não mudou, a distância foi mantida. o silêncio não se quebrou.

Assumida a pausa, indeterminada, mas existe...que fazer?

...mesmo sem ser esse o seu destino, ele esteve lá, olhando o rio, sentindo o cheiro vindo do sul.. esteve lá tão perto... que se outras falas houvesse, se adorar fosse verdade, se no coração o amor restasse, oh, como o dia acabaria diferente. Olhando, olhos nos olhos, possivelmente a verdade...fosse ela qual fosse, desenharia liberdade ao futuro, ganharia a riqueza dos afectos...

Como era grande a riqueza emocional do que assistia. parecia rever um filme do passado, com milhares de pessoas, se manifestando. as emoções se misturavam. O povo e a sua liberdade, e as que vivia no seu íntimo.

Olhando o povo que o rodeava, exaltando na defesa dos seus direitos, manifestando o seu querer, não pode deixar de pensar na frase: “Os senhores nunca amam os seus escravos; exploram-nos ou compadecem-se deles.”

Exaltado com o que o povo fazia, exaltava-se na defesa no que acreditava e defendia.

“O merecimento nem sempre é egolatria, é dignidade”


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