sexta-feira, 20 de julho de 2012

A "ESTÓRIA" DO MACACO


Um noite, cerca das duas horas da madrugada, um individuo que viajava de carro, por uma estrada escura e deserta no interior do país, de repente, sentiu um desequilíbrio no carro. Saiu e viu que tinha um pneu furado. Quando se preparava para o mudar verificou que não tinha macaco para o fazer. Olhou em redor preocupado e viu ao longe uma luz que lhe parecia ser de uma casa. E a ela se dirigiu esperançado.

Como a distância era grande, ele foi pensando na forma como iria pedir aos habitantes da casa o macaco para mudar o pneu. E então começou a pensar como se devia fazer o pedido:

- Olhe o senhor desculpe o adiantado da hora, mas tive um furo e estou sem macaco para mudar o pneu o sr. Podia-me emprestar... O gajo vai ficar f...do a estas horas da noite, pensava ele. Imagina se ele está com a mulher enfim... que se lixe eu tenho mesmo que lá ir. Talvez deva mudar o discurso.

- Olhe eu sei que é muito desagradável acordar alguém a esta hora da noite, mas sabe aconteceu-me um imprevisto.... e se o gajo me manda àquela parte e não me empresta?

Assim foi o condutor se aproximando da casa e conjecturando como faria o seu pedido e matutando como seria a resposta, que para ele iria sendo cada vez mais desagradável.

Quando chegou perto de onde vinha a luz verificou que afinal era um casarão enorme e sumptuoso. Preocupado e já consumido pelas especulações ao longo do caminho, aproximou-se e tocou à campainha da porta, Entretanto na sua cabeça só lhe vinham imagens desagradáveis de como os donos o iriam receber.

De repente acende uma luz e abre-se um janela onde parece um individuo que em voz ensonada lhe pergunta:

- O que é que pretende...

O condutor furioso vira-se a cabeça em direcção à janela e diz-lhe. Não é preciso nada vá-se lixar vá pra ò car...meta o macaco no cú.

(anedota retirada da internet)
Esta estória anedótica, é um bom exemplo do que diz o povo “ Lançou os foguetes, apanhou as canas e fez a festa”.

Muitas pessoas especulam tanto em relação ao que os outros pensam, ou aos seus comportamentos, que acabam por mostrar de si próprios aquilo que aos outros atribuem, ou seja, vira-se o “feitiço contra o feiticeiro”.

"A talho de foice" duas quadro do António Aleixo:

Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que eu conheço,
Que, não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.

Veste bem já reparaste
Mas ele próprio ignora
Que por dentro é um contraste
Com o que mostra por fora.

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