quinta-feira, 16 de agosto de 2012

NO Sabor DA Noite

No sabor da noite leio as notícias que vão chegando de todos os outros, que na minha página aparecem. Rede social onde navego para saber dos amigos mais distantes dos de mais perto e dos mais chegados. Todas as suas formas de manifestação, sejam elas imagens ditos vários ou escritos elaborados são importantes porque se fazem sentir. Tenho pena que muitas dessas noticias não sejam dadas de viva voz, ou de corpo inteiro e vivenciadas com o calor da sua presença. Lamentavelmente o mundo moderno, vai matando a oralidade, as conversas de café nas tardes de ócio, o jogo de bilhar no café da esquina, as idas ao cinema com todo o seu ritual, o cumprimento apreciado quando da chegada ou da partida, o aperto de mão, o abraço, a risada solta.

Nos dias de hoje os a amigos e os rituais da amizade vão-se desfazendo, só marcando jantares ou almoços a pretexto de, se conseguem ver e ouvir. Muitos deles amigos que nunca foram, nunca serão, ou não passarão de conhecidos, mas preenchem o mesmo espaço onde nos aboletamos ao repasto, não ultrapassando o ruído de circunstância de palavras de cerimónia e o reconhecimento de referência de onde todos partimos para o mesmo encontro. Em alguns casos, vamos mais além da amizade virtual, indo mais fundo na troca de partilhas, e transformamos o que nunca tinha sido em algo bem mais vivo e interessante, em outros ficamos na reserva da pagina da rede, e vamos convivendo na mesma distância que sempre tivéramos

Será tempo de aprendermos a usar as novas tecnologias como fonte de conhecimento no sentido de aprendizagem, mas nunca devemos permitir que nos dominem na vivência de sentimentos, destruam o segredo das linguagens dos olhos, das mãos, da voz e das palavras transporta, dos sorrisos ou gargalhadas soltas, que nos tirem os cheiros que marcam as pessoas e assinalam as suas diferentes formas de ocuparem o espaço com a sua presença.

Transformar o computador na extensão do braço, da comunicação, da facilidade do desenvolvimento das ideias e não permitir que perturbe a inteligência emocional ou o abraço tão humano que todos nós gostamos de sentir, o beijo, ou até a carícia na face de um alguém que precisa mais do que palavras, mas um gesto de ternura, um mimo um aconchego.

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