terça-feira, 16 de outubro de 2012

de PÉS ao CAMINHO

Eu a vi naquele caminhar de abandono deslizando o pé, como se procurasse gravar no chão a sensualidade do seu corpo seminu pelo areal da praia. Como fazer para que os seus pés fossem o relato de um momento? Talvez a sensualidade da figura, só me tivesse dado o tema e o prazer de ir pintando na busca de a encontrar.

De pés ao caminho, fui sempre colocando tinta sobre o suporte procurando o resultado. Misturando técnicas, de espátula, pincéis e mãos. Camadas sobre camadas, dando mais espessura à tinta dando mais "tinta" à expressão ao tema. A certo momento é preciso parar, tudo o que se faz, ou acrescenta demasiado, ou estraga o que está feito. É momento de pausa e esperar se horas depois continua perante nós a razão que nos levou a parar. Se assim for o melhor é encostá-lo nos trabalhos concluídos, já não dá mais. 

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