quarta-feira, 31 de outubro de 2012

NÃO EXISTE UM ADEUS QUANDO PARTE

Não existe um adeus quando parte, somente um até já mais prolongado do que as suas vontades pretenderiam.

São condicionados pelo tempo, pelo dia-a-dia, pela austeridade, tudo o que não dominam para além do que sentem.

Resiste a vontade férrea de que seja bom enquanto dure, vivendo com intensidade o momento que os intervalos, a espaços, desse tempo, dessa austeridade, desse dia-a-dia lhes permitem.

Fazem que cada hora seja um dia e cada dia uma semana, para que seja mais curta a ausência entre os beijos, as mãos e suas carícias, os desejos e o seu acontecer.

Na sua mente voam para além da velocidade da luz e todos os dias desenham o presente entre o sussurro dos ventos, entre os gritos de alerta aos sentidos, não deixando que as pequenas areias se transformem em montanhas, ou que os sonhos se percam por falta de ousadia.

Sem comentários:

Enviar um comentário