quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ABRAÇANDO A NOITE FRIA



Abraçando a noite fria temporizo
Enregelando a alma
sinto a dor
como agulhadas de granizo
na superfície da pele
deixando-me num torpor

Assim ficarei
Até que novas noites
de sangue nas veias a circular
sejam os suores e cansaço
o resto de um outro saborear
de dois corpos
em longo abraçar

Neste viver a dois tempos
frio e calor em seus momentos
os estados que os medeiam
são nacos de prosa por escrever
de estórias e pensamentos
que gostaríamos de reviver
em outras noites a acontecer

DC

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