sábado, 6 de abril de 2013

TALVeZ LInguagem Gestual


Seria bom que as palavras ganhassem vida ao sair dos lábios, fossem corpo, e cumpridas na integra, no seu sentido, não deixando fugir a oportunidade da realização e responsabilidade de serem cumpridas assumindo os actos.

Usam-se as palavras e esquecem-se logo de seguida. Ficam perdidas nos ouvidos e no ar, volatilizam-se, não chegando a penetrar bem dentro dos sentidos, dentro da mente, não se incorporando no corpo a que foram destinadas.

Fica, quem as disse, livre de responsabilidades, e quem as recebe nem sequer se consome em percebê-las deixando-as morrer.

Talvez fosse melhor a linguagem gestual, o movimento físico dos dedos obrigaria a uma maior atenção, melhor entendimento e,  em algumas circunstâncias, ao gesto errado, reagiriam tipo boomerang voltando a quem os desenhou no ar, tipo bofetada, não de luva branca, mas sim de cinco dedos efectivamente, vivos

Falar por falar, dar às palavras os sentimentos, responsabilizando as letras, as palavras e frases, é uma burrice, que ofende não só dicionários, as gramáticas e as mentes inteligentes, e pelos que, por falta de discernimento, dão importância ao que foi dito e se sentem de algum modo presos a elas.

Não deveríamos todos ter cuidado, em das palavras fazer actos e destes novas palavras novos caminhos, novos saberes? Deixo para outros doutos conhecedores o entendimento deste arrazoado de palavras, para que possam dar-me, se necessário, um puxão de orelhas, por ter ofendido as letras as palavras e ter construído tão mau raciocínio.

DC

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