No dia de Camões só quero lembrar o poeta, esquecer-me dos que na pátria tão mal tratam os seus. Hoje prefiro ler um poema, ou até um romance, que tenha palavras bonitas e nos traga novamente a capacidade de sonhar, mesmo que a realidade por vezes seja dura, Quero aquelas palavras tão mentirosas que nos falam de amores impossíveis, ou de paraísos improváveis."Vê que aqueles que devem à pobreza
Amor divino, e ao povo, caridade,
Amam somente mandos e riqueza,
Simulando justiça e integridade.
Da feia tirania e de aspereza
Fazem direito e vã severidade.
Leis em favor do Rei se estabelecem;
As em favor do povo só perecem."
Luís Vaz de Camões (1524-1589)
Não quero, hoje em especial, servir o discurso politico, onde alguns farçolas, discursam falando povo, em voz de barítonos, onde escondem a miserabilidade dos seus desígnios.
Hoje preciso de sentir que sou humano e sentir um abraço dos que me gostam, dos que eu gosto. E sentir-me ronronando como o gato, no colo da esperança, de que os que dominam o mundo, não serão sempre os mesmos filhos de puta, que nos envolvem com a graciosidade de um embrulho de arame farpado.
Sim hoje. dez mais seis, e igual a dezasseis, noves fora sete, mais dois nove, noves fora nada, um mais três igual a quatro, noves fora quatro. Quatro é um número possível, de abraços de encontros a viver.
Estou no lugar de sempre, na esquina do tempo mesmo sabendo que...
segunda-feira, 10 de junho de 2013
NO MEU 10 SÓ quero o POETA
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