domingo, 15 de setembro de 2013

ACONSELHARAM-NO...




Aconselharam-no a levantar o "dito" do sofá e ir à luta – que luta? —e deitar fora os fantasmas, os lemas e teoremas e fazer-se à vida.

É giro como anda tanta gente feliz, que quando começam ler algumas notícias dos “jornais formatados”, ao sabor da corrente dominante, logo dão conselhos.

Afinal essa história das estatísticas é tudo mentira, os suicídios não aumentaram no primeiro trimestre deste ano e os homicídios também não. As pessoas não sentem o aumento do custo de vida, estamos num mar de rosas. Há que sermos positivos saltando e rindo, e não nos preocupemos com manifestações e reivindicações, porque a rir a gente lá vai... Sim talvez a gente lá vá sendo “comida de cebolada” com um sorriso de orelha a orelha e acreditando que na sociedade portuguesa tudo o que se passa é um mar de rosas, talvez sem cheiro mas que importa, sim que importa? Fiquemos só assim... como se estivéssemos numa das muitas alas psiquiátricas de um qualquer Magalhães Lemos deste pais.

Sim, acreditem nos “iguais” de sempre, que nos tiraram da segurança social, mais de 4000 milhões euros e suspenderam subsídios para os quais contribuímos uma vida inteira, e para quê? Para salvar o BPN com 7000 milhões de euros, que foi vendido por 40 mil milhões. Sim acreditem que os tais “iguais” têm feito tudo para salvar o país e no entanto a dívida aumentou, porque quem eles ajudam efectivamente, são os seus “iguais”. Agora chega o desplante, o estado assume a dívida de um clube de futebol de 3,5 milhões de euros, e quem paga...claro os reformados...

Claro, não se preocupem, não se zanguem, encarem de forma positiva tudo o que nos últimos tempos tem acontecido com os vossos direitos, com o desprezo com que são tratados e metam a cabeça na areia, para aprenderem a ser menos pessimistas. Pelo contrário, sejam optimistas e façam como o governo, pensando, "pimenta no ...dos outros é refresco" e riam-se, pelo menos até que vos aconteça a vós o que acontece aos outros.

E para que eles se riam ainda mais, nas autárquicas votem nos mesmos, os “iguais” os do costume, para poderem dizer mais tarde, como sempre, “já não acredito nos políticos, são todos iguais”, e riam-se, já agora... porque não, não são todos iguais? 
Xiça...por favor tirem-me deste filme de terror.

Tinha de escrever assim, estava farto de que lhe digam, ao fim de dezenas de anos de trabalho e sem ter tido tempo para ser criança, que tinha de apertar o cinto e que tinha de se sacrificar, para pagar a banqueiros e encher os bolsos a alguns.

D

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