quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

APRENDE-SE COM ESTÓRIAS



Por vezes, as palavras escritas, ou faladas, não suficientes, para que
as pessoas entendam, que é necessário estar atento aos que
gostamos e valorizar o seu amor.
Um amigo dizia-me há alguns dias, "as pessoas aprendem e escutam mais facilmente quando lhes apresentamos exemplos". Achei interessante publicar a pequena estória, que abaixo se apresenta, que responde a muitas interrogações e interpretações que por aí se dizem, ou escrevem.

DC



"Conta-se que uma bela princesa andava à procura de consorte. Aristocratas e endinheirados senhores tinham chegado de todas as partes para oferecer os seus maravilhosos presentes. Jóias, terras, exércitos e tronos constituíam os dotes para conquistar tão especial criatura. Entre os candidatos, encontrava-se um jovem plebeu que não tinha outra riqueza que não fosse o amor e a perseverança. Quando chegou o seu momento de falar, disse: "Princesa, amei-te toda a minha vida. Como sou um homem pobre e não tenho tesouros para te dar, ofereço-te o meu sacrifício como prova de amor... Estarei 100 dias sentado debaixo da tua janela, sem outro alimento para além da chuva e sem mais roupa que a que trago vestida... É esse o meu dote." A princesa, comovida com tal manifestação de amor, decidiu aceitar: "Terás a tua oportunidade: se passares a prova, casarás comigo." Assim se passaram as horas e os dias. O pretendente sentou-se, suportando os ventos, a neve e as noites geladas. Sem pestanejar,com o olhar fixo na varanda da sua amada, o corajoso vasalo continuou firme no seu empenho, sem vacilar um momento sequer. De vez em quando, a cortina da janela real deixava transparecer a esbelta figura da princesa, a qual, com um nobre gesto e um sorriso, aprovava os esforços dele. Tudo corria às mil maravilhas. Alguns optmistas até já tinham começado a planear os festejos. Ao chegar o 99º dia, os habitantes da região tinham ido animar o futuro monarca. Tudo era alegria e festa, até que, de repente, quando faltava uma hora para o cumprir do prazo, perante o olhar atónito dos assistentes e a perplexidade da infanta, o jovem levantou-se e, sem dar explicação alguma, afastou-se lentamente do lugar. Umas semanas depois, enquanto deambulava por um caminho solitário, um menino da região alcançou-o e perguntou-lhe atrevidamente: "Que aconteceu? Estavas a um passo de atingir o objectivo... Porque perdeste esta oportunidade? Porque te retiraste?" Com profunda consternação e algumas lágrimas mal dissimuladas, ele respondeu em voz baixa: "Não me aliviou nem um dia do sofrimento... Nem uma hora sequer... Não merecia o meu amor..."

Extraído do livro Amar ou depender. Walter Riso
 “Qualquer que seja a relação no casal não o merece quem não o ama, e menos quem o magoa. E se alguém o fere reiteradamente sem "má intenção", talvez essa pessoa o mereça, mas não lhe convém”
Amar ou depender. Walter Riso

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