quinta-feira, 24 de julho de 2014

MARGARIDAS E A PALESTINA



As margaridas preenchem os campos de forma desordenada, ou locais na berma da estrada. Fazem parar os enamorados, na gentileza, do mimo à sua amada, recolhendo duas três, para lhes oferecer por sua vez. São flores encantatórias que trazem leveza à alma e um sorriso aos lábios, têm perfume descuidado, mas ricas de “natureza”.
Prendem a atenção das crianças, motivando corridas alegres pelos campos para as alcançarem, e, com quase devoção, as apanharem para oferecer, à mamã, à vovó, ou simplesmente para amiguinha das suas lides lúdicas.
Encanta-me a sua universalidade, o seu “malmequer”/“bem-me-quer” na paródia de namorados e amantes, a sua simetria e composição, a simplicidade da sua morfologia, quase sol, com as suas cores ricas de emoção, O amarelo bem ao centro e seus raios de pétalas brancas.

Muitos nomes designam as diferentes variedades, mas para muitos de nós, simplesmente Margarida.

O que têm as margaridas a ver com a Palestina?

Tudo! Até para servirem de pretexto para alertar o povo, para uma guerra injusta, e para que pressionem as forças opressoras a pôr fim a um massacre de inocentes e o fim da usurpação da pátria Palestiniana.

Que se transformem as balas em margaridas, que todos possam colher, elas como os palestinianos, não têm culpa de nada. Elas são um símbolo de paz. e de que o sol nasce para todos. Elas são tão inocentes, como as crianças palestinianas que nasceu sobre o domínio israelita, e que gostariam de as colher sem correrem o risco de morte. Palestinianos que gostariam de partilhar os campos de margaridas da sua pátria com a pátria dos judeus. Tal como em Auschwitz, certamente as crianças judias não queriam ser gaseadas e teriam preferido colher margaridas, também o povo da Palestina, preferiria colher e partilhar a beleza das margaridas.


DC



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