Morreu Eduardo Galeano, e como sempre
acontece, “só nos lembramos de Santa Bárbara quando troveja”, daí resolvi dar uma passeio pelas
livrarias, de maior dimensão no mercado livreiro, para ver se encontrava um dos
seus livros mais recentes, “Os Filhos dos
dias. Ed. 2012”. Espanto, ou nem por isso, não havia nenhum livro recente
nem antigo, pelos vistos o autor trabalhava com pequenas editoras e como tal
“não existia”.
Fico-me a pensar, se os editores
e os responsáveis das livrarias, se preocupam somente com o lucro, ou se existe
algum plano maquiavélico exterior à sua gestão, para que determinados livros -
que despertam consciências, que defendem princípios e valores sociais e
culturais, exigíveis numa sociedade - pela sua “perigosidade”, sejam excluídos
dos escaparates das livrarias? Será, que escrever, como fazia Eduardo Galeano, sobre
o Direito
a um trabalho digno; o Direito de respirar; o Direito à vida; o fim da
Violência de homens contra mulheres; a Igualdade perante a lei, que até constam na legislação constituinte de inúmeros
países ( direitos nem sempre respeitados), é um “pecado mortal” e não convém aos
altos interesses do capital financeiro, que as pessoas tomem consciência disso?
É bom que
atentemos neste assunto e procuremos ver, como já acontece na internet através das redes sociais - e não só, que todos
os dias e em todos os lugares, através de marketing, publicidade, cinema,
livros, nos meios de comunicação como jornais, revistas e Tv, somos
encaminhados e influenciados, para uma formatação mental de acordo com os
interesses dos políticos, que nos governam e mal, e do grande capital
financeiro. Existe toda uma estratégia pensada e planeada, para sermos
transformados em marionetas - com apoio de alguns fazedores de opinião, que leem as badanas dos livros - de interesses alheios aos nossos, como cidadãos e
seres humanos, até alguns fazedores de opinião cabe a todos nós impedir que a levem a bom porto.
dc
Algumas citações para meditar...
"Em política, nada ocorre por acaso. Cada vez que um acontecimento surge,
pode-se estar seguro que foi previsto para levar-se a cabo dessa maneira."
Franklin D . Roosevelt - Presidente dos Estados Unidos (1933 a1945)
"O mundo divide-se em três categorias de gentes : Um muito pequeno número
que produz acontecimentos, um grupo um pouco maior que assegura a execução e
mira como acontecem, e por fim uma ampla maioria de não sabe nunca o que
ocorreu em realidade "
Nicholas Murray Butler - Présidente da Pilgrim Society, membro da Carnegie, membro do CFR (Conselho para
as Relações Externas, Council on Foreign Relations)