DesESCUTEI
Desde que desescutei
tua voz, ela vive no meu silêncio, agarra-me a este lugar, parado, com o olhar
nesse lugar infinito que limita a terra, deixando que os sonhos borboleteiem
nos pensamentos presos por uma realidade que se evaporou.
Estranho o modo,
como repentinamente, nos desligamos desse fio condutor que nos mantém, largo
tempo, julgando sermos. Faz-se um click estranho no cérebro, que depois
percorre toda a nossa estrutura corporal, como uma campainha de alarme,
acabando nesse músculo que nos simula a vida, dando ordem para manter um corpo tecnicamente
vivo, não emocionalmente vivo, É como estar nu porque despido e não nu por
estar limpo de preconceitos, de alma aberta, mostrando-se de “cara lavada”.
Ensurdeci, para os de fora e escuto-te dentro de mim, visto-me para os de fora
e estou nu para ti. Minha vida está fechada nesse emocional, que não técnico, onde as aparências
não tem lugar, preso nesse infinito onde só a imaginação vive.
dc
Aguardo o livro. Tão belo pintas o azul como as palavras que debitas nesta tela
ResponderEliminarBjo