sábado, 14 de fevereiro de 2015

E quase lá...



Quase lá, dizia eu, na verdade as minhas palavras se esbarram na incompetência para dizer do que sinto, não tenho a riqueza da linguagem dos poetas, não encontro a sonoridade adequada, nem consigo escrever as frases que melhor expliquem em imagens metafóricas o amor.

Pensando bem, para quê complicar, se o amor deve ser um sentimento tão claro, tão perceptível quando existe? Para quê as frases bonitas ou a descrição metafórica, para algo que à partida tem de ser simples, mesmo sabendo dos emaranhados laços e confusão de sentimentos que brotam de nós quando o amor acontece. Não será melhor dizer AMO.TE, olhando nos teus olhos deixando as ondas sonoras voarem para os teus ouvidos, os lábios tremendo, o calor ruborizando as faces, o estômago se agitando, o ar quase faltando e um desejo evidente de vontade de te aconchegar nos meus braços e te enlouquecer de carícias. Eu sei que os poetas, os artistas em geral, são criativos, dão fulgor ao que sentem, mas não somos todos capazes, nem artistas... e que diabo, muitos sabem o que sentem e são terra a terra no seu dizer.

Para quê inventar, se para mim é tudo tão claro, mesmo quando cafajeste ou até mais agreste, sou sempre aquele que te quer e te pensa mulher. Aquele que quer dividir contigo o espaço e o tempo, os filhos desejados, as viagens a qualquer lado, o amanhecer sempre esperado e o amor derramado no leito da tua vida. É assim que penso dever ser, mesmo agora, com o dia a nascer, já penso em ti mulher, haja o que houver será para sempre... o amor que a gente quiser. Será que me ouves? Será que me lês e percebes?

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