domingo, 24 de maio de 2015

Ardilosamente o Tempo Passa



Ardilosamente o tempo passa
consumindo, dia após dia,
o nosso pavio.

Pouco a pouco se vai a energia,
Ficamos com a paciência
E engolimos a arrelia.

Maduramos, na experiência,
Sentimos o frio da ausência,
E vamo-nos adaptando
À morte lenta do encanto.

Tornamo-nos mais práticos
E enigmáticos,
Fazemos pose de indiferença
Avaliando atentamente.

Os riscos são mais calculados,
Pensamos mais com a mente,
Para não sermos amordaçados
Por um amor indigente.

Mas se há coisa na experiência,
Que nos ajuda a caminhar,
É não fazer dela ciência
E aproveitar o tempo de amar.

dc

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