domingo, 13 de dezembro de 2015

AGORA




Agora
que já não tenho a curva sinuosa
do teu pescoço para me perder
nem o riso contagiante dos teus lábios
que me desafiavam

Agora
que já não sinto a tua respiração
na minha nuca
nem invades a minha cama

Agora
que a noite se perde em sombras
quase que obscuras e deformadas
na parede do meu quarto

Agora
que o teu retrato
jaz frio na cabeceira
sem a vida e o calor de nós

Agora
sinto que o ar que respiro
é só alimento de um corpo
e não mais alento de viver.
(É só isto que faz o meu, Agora)




1 comentário: